A classificação do Caxias diante do Inter para a final do Campeonato Gaúcho ainda repercute. O confronto em Porto Alegre, no último domingo (26), ficou marcado pelos tristes casos de agressões entre os jogadores, funcionários e até mesmo torcedores que invadiram o gramado do estádio Beira-Rio. A direção grená discutiu o assunto internamente para definir uma posição.
O atacante Wesley Pomba teve uma lesão no nariz, após ser agredido na confusão durante a comemoração pós-classificação nos pênaltis. Além dele, o lateral-esquerdo Dudu Mandai foi chutado por um torcedor colorado que entrou com uma criança no colo. A Polícia Civil instaurou dois inquéritos contra esse torcedor, de 33 anos, natural de Canoas, sócio do colorado e integrante de uma torcida organizada.
Esse homem agrediu Dudu Mandai pelas costas e depois um cinegrafista do Grupo RBS. Ele poderá responder por lesão corporal mediante representação de um registro por parte do dos envolvidos. Em entrevista ao programa Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha Serra, o presidente do Caxias, Mário Werlang, comentou sobre os casos e se o clube dará prosseguimento judicialmente:
— O Caxias já colocou que o grande prejudicado está sendo o Caxias. Estamos com dois atletas fora (Vini Guedes e Marciel). Então, temos uma perda grande. Se vai haver representação ou não, isso tem que partir do próprio jogador que foi agredido. O Caxias, como instituição, não pode fazer uma representação em nome de outra pessoa. Isso depende da pessoa que foi agredida e terá todo o apoio do Caxias. O foco da direção é a aproveitar a semana no máximo possível dentro do futebol. Não podemos perder o foco. Essa é a nossa posição.
O torcedor que invadiu o gramado do Beira-Rio com a filha no colo Dudu Mandai e o jornalista prestou depoimento na tarde de segunda-feira (27) para apresentar sua versão sobre o caso. Segundos os delegados responsáveis, o pai alegou que invadiu o campo para "se proteger" e que desferiu chutes contra o jogador e o cinegrafista porque "se sentiu acuado"