O 11° e penúltimo episódio da temporada inicial do Paixão Ca-Ju Podcast é com um personagem que, de fato, marcou na história do clássico de Caxias do Sul. O ex-centrovante Brandão, que defendeu o Caxias no início da década de 1990, é um dos principais artilheiros da história grená, e sempre fez sucesso nos enfrentamentos com o Juventude:
- Sempre consegui me destacar nos clássicos, sem fiz gol. Foram poucos Ca-Jus que eu não marquei - recorda o ex-jogador, relembrando uma partida em especial:
- Teve um clássico que joguei lá no Centenário e que acabei fazendo um "gol espírita" no Isoton. E às vezes nos encontramos e eu sempre falo que foi um gol que ninguém esperava, quase da linha de fundo. Eu chutei, a bola bateu num colega dele, que estava saindo para interceptar, só que caiu atrás dele. Um gol que não costuma acontecer em clássico.
Apesar de ter feito seu nome em Caxias, Coritiba, Criciúma, Santa Clara-POR, Belenenses-POR e Vitória de Guimarães-POR como Brandão, esse não é a real alcunha do ex-centroavante. Idebrando Dal Osto chegou de São Borja no Estádio Centenário com um apelido que não vingou no profissional.
- Quando cheguei aqui, meu apelido era Tomate. Meu nome era difícil e o apelido não ajudava muito. Quando chegou na transição (para o profissional), o pessoal disse "com esse nome não vai dar". Teve uma outra situação, quando fomos jogar nos juniores contra o Inter, acabamos perdendo acho que por 5 a 0, o jogo foi transmitido e o pessoal falava "esse Tomate está podre". Foi a gota d'água. Deram a sugestão de Brandão, Brando ou Dal Osto. O pessoal que jogava comigo na época disse "coloca Brandão, vai ficar diferente, tu és centroavante e já tiveram outros nomes parecidos". E, realmente, deu certo. Foi um nome que para mim veio a calhar muito bem.
Entre os momentos marcantes da carreira, em 2002/2003, quando defendia o Santa Clara, viu uma estrela portuguesa e mundial nascendo para o futebol. Logo nos primeiros toques, Brandão viu que estava diante de um jogador diferente:
- O Cristiano Ronaldo estava começando, subindo para o profissional. E ali começou a se destacar, realmente era diferenciado. Sempre teve muita força, fazia muito gol. Naquele ano, ele jogou contra nós, tivemos dois jogos, um em Lisboa, no campo do Sporting, e outro nos Açores. No jogo em Lisboa eu lembro que ele realmente fez a diferença.