O tanto que Fernando Rech tem de títulos pelo Juventude, também tem de histórias para contar. Cria da base alviverde, o ex-centroavante é o convidado da 10ª edição do Paixão Ca-Ju Podcast, que entra nas principais plataformas de áudio nesta quarta-feira (26).
Formado no clube, Fernando conquistou com o Juventude o título da Série B do Campeonato Brasileiro, em 1994, e a Copa do Brasil, em 1999. Meia de origem, o ex-atleta contou como foi colocado na função que o consagrou com a camisa alviverde e em outras equipes:
— A minha base toda foi como meio-campista. Meia direita, na época. Quando o (José Luiz) Plein assumiu o sub-20 do Juventude, em 1993, batemos um papo no começo da temporada e ele me chamou: "Olha, acho que tu tens mais característica para jogar na frente". E eu acabei sendo o artilheiro do Gauchão sub-20 daquele ano — recorda o jogador.
Autor do segundo gol da vitória sobre o Botafogo, no primeiro jogo da final da Copa do Brasil, Fernando recordou como o time encarou aquela decisão, focando principalmente na partida de ida, no Jaconi, e a preparação para o duelo no Maracanã.
— Nós sabíamos que o jogo aqui em Caxias é que iria nortear nossa chance de ser campeão ou não. A mobilização nossa na preparação para o primeiro jogo daquela final foi muito grande, muito intensa, de uma forma determinante. Não tinha outra alternativa dentro do vestiário que não fosse visualizar aquela partida contra o Botafogo. Se estudava menos o adversário naquela época, mas da forma que tínhamos para fazer procuramos as melhores informações e mais fidedignas sobre o Botafogo — explicou o centroavante, detalhando o jogo em Caxias do Sul:
— Quando entramos para aquela partida, sabíamos que iria lotar o estádio, era final de semana, domingo, coisa que não é comum na Copa do Brasil. Sabíamos que o Jaconi iria lotar. O Juventude vinha de uma sequência de finais nos outros anos. Do Gauchão, em 1998, finais do Brasileiro de 1997, apesar de não ter jogado no Jaconi, do Gauchão de 1996, que perdemos para o Grêmio, do acesso em 1994, e sabíamos da força do torcedor. Entramos atropelando, porque já tínhamos mostrado naquela competição que poderíamos fazer isso em casa.
Agora, além de ídolo da história alviverde, Rech também é pai de uma promessa do clube. O início promissor de Rafinha no profissional do Juventude enche Fernando de orgulho, principalmente por serem os primeiros pai e filho a jogarem pelo clube em Série A do Brasileirão:
— Não me causa nenhuma surpresa ele enfrentar essa questão de estrear no profissional numa Série A de Campeonato Brasileiro, coisa que é para poucos. E o Rafa teve a personalidade e segurou a onda. Ele é um menino muito focado, muito centrado. Está no início do processo, já passou um pouquinho aquela empolgação de estar ali no vestiário, de tudo ser novidade, de jogar contra os atletas que ele via na TV.
O bate-papo com o centroavante foi conduzido pelos jornalistas Marcelo Rocha e Tiago Nunes e está disponível em GZH e nas principais plataformas de áudio.