Por incrível que pareça, ainda há jogo do Juventude em 2022. Por mais que o pensamento nos bastidores do clube já esteja na próxima temporada, com definições sobre direção e negociações com uma nova comissão técnica, faltam sete jogos no Brasileirão deste ano. Oficialmente com chances de permanecer na elite em 2023, a prática dos fatos faz com que o clube praticamente esqueça que precisa entrar em campo neste domingo (16), às 18h, para encarar o Atlético-GO no Estádio Alfredo Jaconi, pela 32ª rodada da Série A.
E assim como o pensamento do clube se divide entre os dois anos, o grupo alviverde também tem objetivos diferentes para os jogos restantes da competição. Para Lucas Zanella, é mais uma oportunidade de ficar à frente do time como técnico interino. E para que o treinador ganhe experiência também com as críticas sofridas, principalmente no segundo tempo da derrota por 4 a 1 para o Santos, na segunda-feira (10).
— Tentamos ficar equilibrados em relação a isso. Entendemos que não vamos acertar todas as vezes. A partir disso, manter o equilíbrio e focar no rendimento da equipe — analisou Zanella, avaliando alguns pontos do revés na Vila Belmiro:
— Entendemos que fizemos um bom primeiro tempo, tivemos chances, uma condição de tentar empatar (quando estava 1 a 0 para o Santos). Porém, acabamos tendo o desfecho não positivo em relação à parte anímica, e isso nos preocupou e nos alertou. Mas, em relação às críticas, temos que nos manter equilibrados e tentar fazer o melhor para o jogo.
Entre os atletas, os objetivos de cada um variam. Alguns já sabem que não vão permanecer no clube no ano que vem, seja por novas propostas ou por estarem emprestados no Jaconi. Outros sabem que o rendimento na passagem pelo clube não foi o suficiente para seguir em 2023. Há os que têm contrato para o próximo ano e vão seguir. Mas há também os jovens saídos da base, que esperam esses últimos jogos do Brasileirão para ganharem mais rodagem no time profissional.
Essa foi outra das críticas no pós-jogo da Vila, quando o atacante Ruan, de boa atuação contra o Corinthians, sequer foi utilizado diante do Peixe.
— Alguns jogadores da posição estavam numa condição boa de treinamento e optamos por dar oportunidade para esses jogadores. Estávamos sofrendo um pouco pelos lados do campo. Foi uma estratégia que vimos no jogo sobre a utilização dos jogadores — explicou o treinador, admitindo mais chances para os jovens do clube:
— Eles vão ter sim, conforme o decorrer do jogo e do campeonato, mais oportunidades. Pensando sempre de forma gradativa.
Se na próxima terça-feira (18), quando o Conselho Deliberativo do Juventude conhecer os próximos passos do clube, o nome do novo treinador já for conhecido, Zanella deve saber se ficará no comando do time até o final do Brasileirão ou não. Por isso, para esse jogo, a ideia do treinador é poder repetir os momentos positivos que o time apresentou sob seu comando:
— Fizemos quatro tempos (de 45 minutos) e estamos focando nos três tempos que, na nossa concepção, foram bons. Os dois do Corinthians e o primeiro contra o Santos. Estamos mostrando aos jogadores que quando nos mantivemos organizados, fomos competitivos.