No treinamento da manhã desta quinta-feira (11), o técnico Umberto Louzer admitiu a possibilidade em escalar um Juventude com três zagueiros às 20h30min do sábado (13), contra o Cuiabá, na Arena Pantanal, pela 22ª rodada do Brasileirão. Durante a semana, as atividades tiveram o trio defensivo composto por Thalisson, Paulo Miranda e Nogueira.
O trabalho com o sistema de três zagueiros tem intercalado a lateral esquerda entre Moraes - que tende a ser titular no sábado - e Capixaba. O treinador alviverde falou sobre as diferenças entre os atletas e a importância de ambos no esquema tático defensivo que deve ser implantado contra o Cuiabá:
— O Moraes é um atleta de último terço de campo e mais ofensivo quando está na linha de quatro defensores. Ele constrói por dentro, sabe jogar por fora, tem facilidade em chegar ao fundo e tem o chute de fora da área. Já o Capixaba é um jogador de força, com potência, que consegue transitar. E é oriundo de extrema, de atacante. Ele consegue recompor bem taticamente e tem uma sustentação defensiva por conta do biotipo dele. Temos o equilíbrio nos dois e ambos potencializam o sistema com três zagueiros.
Segundo o comandante alviverde, o Juventude terá que adotar uma maior compactação defensiva por conta das características do Cuiabá. Em entrevista coletiva, Umberto citou as qualidades do adversário e projeta o confronto de sábado:
— É um time organizado defensivamente e que pressiona muito. Com bola, é uma equipe que tem, muitas vezes, sustentação com linha de três, ou então com os meias escorregando pelas laterais, trazendo os extremas para dentro, gerando dúvida para a defesa. Muito ataque em profundidade também. Sabemos que eles também vivem um momento delicado e estão apostando suas fichas no fator casa. Temos que ser inteligentes e saber jogar o primeiro tempo, porque tenho certeza que, para o segundo, as coisas vão se abrir e ganhamos uma possibilidade maior de sair com a vitória.
A partir da utilização de três zagueiros e, diante das características do Cuiabá, Umberto Louzer deve promover mudanças no meio-campo do Juventude em relação ao jogo contra o América-MG, na última rodada. Com as saídas de Marlon e Chico do time titular, os volantes Yuri e Jadson devem voltar ao 11 inicial.
— Cada jogo te pede uma ideia, sem fugir do seu padrão. É fazer pequenos ajustes em detrimento de alguns jogos e da necessidade que temos em vencer. Não é porque diante do América-MG estávamos com dois atletas que não tem características defensivas ao extremo que você não é defensivo. Você precisa equilibrar e conectar essas peças. Eu tenho que ter os mecanismos de movimentação para gerar o desequilíbrio adversário. Contra o Cuiabá, temos a ideia de que vamos precisar de jogadores mais agressivos e que consigam transitar de trás para a frente e ter uma pressão mais avançada — avaliou Louzer.
Além do adversário dentro de campo, o Juventude já briga, há algumas rodadas, com fatores psicológicos que vêm afetando os atletas, principalmente nas tomadas de decisão por conta da ansiedade em querer fazer logo o gol. O treinador revelou o que foi falado com os jogadores durante a semana para amenizar essa situação:
— Temos tentado encorajá-los e mostrar que eles têm capacidade. Fazer com que eles tragam, na memória, momentos de plenitude que eles tiveram aqui e em outras equipes. Se você tiver uma sucessão de dois, três erros, é certeza que você vai tomar um gol na Série A. Contra o América-MG, tomamos um gol totalmente evitável. A equipe se portava super bem. Tivemos quatro erros primários e pagamos o preço. E aí, volta aquela carga e as interrogações vão aumentando. Precisamos estar com o nível de concentração redobrado nessa fase da competição e viver o próximo jogo com intensidade.