O Juventude apresentou nesta quarta-feira (13) o novo executivo de futebol. O ex-goleiro Michel Alves assumiu o cargo no lugar de Marcelo Barbarotti. Ao longo da manhã, o profissional acompanhou o treino do grupo de atletas no CT e conheceu as novas instalações do clube. Antes da apresentação, o vice de futebol Osvaldo Pioner falou sobre o perfil do novo profissional contratado para a sequência do trabalho no Brasileirão.
— Sempre joguei bem claro que pensávamos em alguém que conhecesse a nossa casa, de uma conduta correta, sem vícios neste meio. Depois de diversos contatos e duas entrevistas com Michel, fomos conversando. Ele passou pela casa como atleta. Queríamos alguém assim mesmo, que acreditasse no Juventude — declarou Osvaldo Pioner.
Após 14 anos, Michel Alves retorna ao Estádio Alfredo Jaconi. Agora sem o peso da camisa 1, o profissional carrega uma responsabilidade diferente. O ex-jogador tem mais de 100 jogos com a camisa alviverde. Ele admite que não demorou para um acerto, pois há um sentimento especial envolvido.
— Não demorou muito, tive outras propostas. Vinha de uma sequência de trabalho. Quando o Pioner faz o contato é diferente, pois tem mais coisas envolvidas. Passei três anos trabalhando no Juventude, tive muitos momentos marcantes, meu filho nasceu aqui. Então, quando você entra no clube é diferente. Tem coisas que não se explica, se sente — declarou o executivo.
Em sua primeira entrevista coletiva, o novo profissional adotou um tom mais político. Sobre reforços preferiu a cautela. Ele não confirmou quantos nomes virão para compor o elenco e quando vão chegar mais jogadores, além do meia Bruno Nazário, que já treina no Juventude.
— Sei que me enxergam nesta função como um contratador. Sim, ela faz parte, mas não é só isso. Tem algumas demandas dentro do clube que a gente se faz presente. A cobrança é sobre nomes, quantos vão chegar e sair, mas faz parte — comentou Michel Alves.
EVOLUÇÃO DO CLUBE
Michel Alves chegou ao Juventude em 2006 para a disputa do Campeonato Brasileiro da Série A. Mais de uma década de depois, o clube também está na elite nacional, mas muitas mudanças ocorreram. Michel destacou a evolução estrutural e de mentalidade do clube.
— É nítida uma evolução absurda do clube em termos estrutural e de mentalidade. Mas o legal é essa forma genuína de tratar, lidar e o amor das pessoas com o clube. Tem um sentimento envolvido que faz toda diferença. O clube está totalmente estruturado. De 2006 até hoje passou por momentos difíceis, retomou e, hoje, está sólido e melhorando — comparou o ex-goleiro.
EXPERIÊNCIA
A trajetória de Michel Alves como dirigente é recente. Em 2018, ele exerceu a função no Cuiabá. Com a equipe, Alves conquistou o título mato-grossense de 2019. Também participou da montagem do elenco da Série B, primeira participação do Dourado na competição. O seu segundo clube foi o Guarani de Campinas. Na equipe paulista, o executivo ficou quase três temporadas. Agora no Juventude, o dirigente quer retomar o nível de futebol que a torcida exige.
— Tenho experiência dos dois clubes que trabalhei na Série B, especialmente o Guarani de Campinas onde passei quase três temporadas e se tem uma cobrança também. Aí surge a Série A com o Juventude e, assim, é trabalhar. Não se tem mistério no futebol. Se tem conhecimento, estudo, entender um pouco de gestão, de pessoas, essa é a diferença. Não é a minha ideia, é o melhor para o Juventude, vaidade zero. O importante é construir e retomar o nível de futebol que a torcida exige. É isso que queremos entregar — afirmou Michel Alves, executivo do Juventude.