O torcedor do Juventude não deve ter ficado tão animado na primeira entrevista coletiva do novo executivo de futebol do Juventude. Quem esperava declarações mais fortes sobre reforços e número de atletas que chegarão, saiu frustrado. Michel Alves adotou um tom de cautela, mais político. No próximo dia 18, segunda-feira, a janela de transferências se abre para o Brasileiro. O executivo preferiu falar em potencializar os atletas que já estão no elenco.
— Primeiro que temos um calendário apertado e essa janela não e só para o Juventude. Temos 20 e mais 20 da B que estão trabalhando, todo mundo quer, busca e está atrás de jogadores. Há um entendimento de conversar e ajustar as lacunas, sobre as necessidades e também potencializar e melhorar o que já tem. Esse é um trabalho nosso e da comissão técnica. As pessoas não são descartáveis. A gente tem que recuperar, tem atletas de valor — declarou Michel Alves.
Questionado sobre o perfil dos novos contratados, Alves disse que o mercado está movimentado e prefere não abrir alguns detalhes para não dificultar algum negócio em andamento.
— Tem coisas internas que temos que trabalho, pois o mercado está fervoroso. Algumas coisas que eu falar pode servir de armas par ao adversário. Fiquem seguros que estamos trabalhando. Por uma questão de confidencialidade, mas o perfil é de comprometimento, entrega, doação e qualidade. Só marcar e pegar não resolve, tem que jogar também — comentou o executivo.
A janela de transferências ficará aberta até o dia 15 de agosto. Os clubes terão quase um mês para contratar. O Juventude pode ficar refém do mercado, pois muitos empresários podem segurar até o máximo para fechar o melhor negócio para o seu atleta.
— Pode ser um dificultador. Primeiro você tem que estar seguro naquilo que você procura. Quem procura muito não acha nada. Acredito, falando de contratações, se for fazer, e sim, são situações pontuais. Temos um elenco aqui, não adianta trazer 10, 20 jogadores. Não funciona assim. Da mesma maneira que o Juventude tem interesse tem outros 19 clubes atrás. É trabalhar com segurança, tentando ser transparente, que ele torcedor fique seguro que as coisas estão acontecendo. É ter uma cautela para fazer os movimentos certos para não cometer equívocos, pois não vamos gerar uma rotatividade tão grande em nível de contratações — finalizou Michel Alves.