O Juventude foi julgado, nesta quarta-feira (27), no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por incidentes contra a arbitragem na partida contra o Fluminense, pela 9ª rodada do do Campeonato Brasileiro. O clube acabou absolvido pela má conduta de alguns torcedores próximos do auxiliar Luanderson Santos, que recebeu cusparadas.
No julgamento, Edu Pesce, diretor-administrativo do Juventude, falou sobre o episódio e sobre as ações adotadas pelo clube.
— Eu controlo toda a operação do jogo. Tenho as equipes de atendimento e atendo toda a parte de acesso, segurança, os serviços internos e toda a operação de jogo é coordenada por mim. Duas questões importantes: o vídeo mostra que o árbitro não para o jogo em função daquela situação e em nenhum momento a Brigada Militar foi acionada para esse processo. Acionei o coordenador de segurança que reforçou o lado onde estava o bandeira — disse Pesce.
Defensora do Juventude, Patrícia Moreira, pediu a absolvição do clube.
— Como foi explicado pelo diretor-executivo do Juventude e confirmado pelo delegado local do jogo, esse jogo foi uma partida especial com muita chuva e pouco futebol. Essa distância dos torcedores para o árbitro assistente de pelo menos três metros eles devem ter se esforçado muito, mas temos que considerar que era um dia muito chuvoso e o assistente pode até ter se equivocado. Fato é que a situação foi totalmente controlada e o jogo estava parado para um tiro de meta. A repressão ocorreu de forma efetiva com a chegada da segurança — justificou.
O relator do processo, auditor Cláudio Diniz acolheu parcialmente as teses defensivas. Os auditores Eric Chiarello e Bruno Tavares acompanharam o relator na íntegra. Já o auditor Rodrigo Raposo divergiu apenas quanto ao Juventude. Presidente da Terceira Comissão, o auditor Luis Felipe Procópio acompanhou a divergência na punição do Juventude no artigo 213. Portanto, o clube acabou absolvido pela má conduta de alguns torcedores.