O Juventude completou um mês sem vitórias no Campeonato Brasileiro nesta semana. O último resultado positivo foi no jogo contra o Fluminense, que ficou marcado pelo acúmulo de água no gramado do Estádio Alfredo Jaconi. A vitória por 1 a 0 foi a segunda na competição. Mais de 30 dias se passaram e o time amargou mais seis rodadas sem vencer.
O único ponto somado foi na estreia do técnico Umberto Louzer diante do São Paulo. Neste domingo, contra o Coritiba, no Estádio Couto Pereira, às 11h, o Ju tentará colocar fim nesse jejum e se reaproximar da saída do Z-4.
Durante a reta inicial do campeonato, uma questão se repete: o que está faltando para o time conseguir aliar performance e resultado? A pergunta é curta, mas a reflexão demanda de tempo. O Juventude está na 16ª rodada do Brasileirão procurando respostas. Em entrevista ao Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha Serra, o lateral-direito Rodrigo Soares tentou explicar o momento:
— Quando a gente faz uma lista das coisas que o futebol pede, não estamos devendo em nada. A gente trabalha e se esforça. Por uma infelicidade, chegamos em alguns jogos e pensamos: "não é possível que perdemos esse jogo". A performance estava ali, a coragem de jogar. Tem alguns times que colocam a bunda lá atrás. Nós temos coragem de propor, mas falta efetividade.
Soares é um dos jogadores mais regulares do time na temporada. Para o lateral, as atuações do Juventude não condizem com a posição na tabela. A equipe é vice-lanterna com 11 pontos. Perdeu pontos preciosos no Jaconi. Contra Athletico-PR e Santos, o alviverde saiu na frente, mas levou duas viradas.
— Pela nossa performance em geral, deveríamos ter mais pontos. Esse é o sentimento dos jogadores. Mas não adianta a gente ficar aqui olhando, a realidade é que estamos em penúltimo. Ou dobramos a vontade e o sentimento de querer ou aceitamos a condição e ficamos tomando porrada — refletiu o jogador.
Se as perguntas movem o mundo, as respostas dão a direção. Enquanto busca uma solução para vencer dentro de campo, a equipe viu a distância para sair do Z-4 aumentar. Para Soares, a margem que se abriu é perigosa. Em caso de insucesso neste final de semana, pode bater nos nove pontos, situação mais que preocupante.
— A gente teve dois ou três jogos que passava até para oitavo, décimo na tabela. Quando a gente começa a ficar um pouco para trás, se vencer duas talvez ainda não seja o suficiente. Aí começa a gerar uma preocupação, é nítido. Mas os jogadores estão abraçados, tem que dar, ainda não acabou. Jogar a toalha agora seria muito mais fácil. Não estamos aceitando pelo que o time produziu — avaliou.
MUDANÇAS PARA ACHAR RESPOSTAS
O time do Juventude pode ter mudanças para reencontrar as vitórias e achar respostas para reagir na tabela do Brasileirão. O técnico Umberto Louzer vai realizar o último treino na manhã deste sábado no Paraná. O treinador confirmou uma mudança na equipe, mas outras podem ser realizadas. Moraes assume a lateral esquerda no lugar de William Matheus.
A dúvida é a formação ofensiva. Nesta semana, Louzer testou um quarteto composto por Capixaba, Oscar Ruiz, Pitta e Ricardo Bueno. Dois estariam garantidos, Bueno e Oscar. Outros seis nomes disputam duas posições: Chico, Edinho, Parede, Capixaba, Pitta e Paulo Henrique. Garantido na lateral, Rodrigo Soares afirma que o time precisa manter a ousadia apresentada contra o Atlético Mineiro para atingir o objetivo da vitória.
— A gente tem que ter coragem, ousadia para fazer, não temer adversário nenhum. O que a gente tenta passar é que não se abatam, vamos continuar. Se a gente faz grandes jogos e não ganha, pelo menos estamos no caminho. Quando você perde sem jogar bem, aí a preocupação bate forte. No Brasileirão, dois ou três jogos fomos bem abaixo, mas os outros jogamos de igual para igual, onde entra o detalhe, de ser efetivo, um erro bobo — destacou o lateral do Juventude.
O provável time para enfrentar o Coritiba tem: César; Rodrigo Soares, Thalisson, Rafael Forster, Moraes; Yuri, Jadson, Oscar Ruiz, Capixaba, Pitta e Ricardo Bueno. Não acompanharam a delegação os zagueiros Paulo Miranda e Vitor Mendes, o meia Marlon e o volante Rômulo. O último por opção e os demais estão em transição física.