O desafiante do Caxias por uma vaga nas oitavas de final do Campeonato Brasileiro da Série D tenta recomeçar sua história no cenário nacional. Surgido em Itápolis, o Oeste está sediado em Barueri e tenta encerrar a sequência de rebaixamentos dos últimos anos - na Série B, em 2020, e na Terceira Divisão, no ano passado.
Assim como a queda, a ascensão também foi meteórica. Após subir para a elite paulista em 2008, o Rubrão disputou a Quarta Divisão pela primeira vez em 2010, conquistando o acesso para a Série C no ano seguinte.
Em 2012, a passagem pela Série C foi triunfante. O rubro-negro passou em quarto no grupo A, com 29 pontos, deixando o Caxias fora dos mata-matas daquele ano (o grená ficou com 27). Nas quartas, derrubou o Fortaleza e conquistou o acesso. Depois, passou por Chapecoense e Icasa, levando o título da competição.
Na Série B, foram oito anos consecutivos, quase sempre lutando contra o rebaixamento. Na melhor participação, em 2017, terminou em sexto, mas sem chances reais de chegar na elite. Em 2020, a queda veio, com a lanterna e apenas 29 pontos em 38 jogos. No ano passado, novamente na Série C, novo rebaixamento, com apenas sete pontos em 18 partidas.
ANO DA RETOMADA?
Nesta temporada, o Oeste parou nas semifinais da Série A-2 do Paulista, ficando por pouco de voltar à elite estadual. Na Série D, avançou como quarto colocado do grupo A-7, com 20 pontos. A vaga veio por um gol a mais marcado do que o Nova Iguaçu-RJ (14 a 13), que terminou com a mesma pontuação.
O técnico é Sérgio Freitas, o Lelé, que começou a temporada como auxiliar-técnico de Fernando Marchiori — que no ano passado foi derrotado pelo Caxias nesta mesma fase no comando da Portuguesa. O Oeste conta no grupo com jogadores experientes, como o goleiro Fernando Henrique, de 38 anos, que teve passagens destacadas por Fluminense e Ceará. Na defesa, o destaque é o zagueiro Diego Jussani, 34, com vasta rodagem pela Série B em times como Bahia e Criciúma.
No meio-campo, o único jogador que passou pelo futebol caxiense. O volante Bruninho, de 29 anos, defendeu o Juventude entre 2016 e 2018. Foram 42 jogos pela equipe alviverde, quando conquistou o acesso para a Série B do Brasileiro na primeira temporada no Alfredo Jaconi.
No ataque está o principal destaque do time. O centroavante Werik Popó, de 20 anos, subiu para o profissional no Oeste, mas só nesta temporada se consolidou como titular, depois de fazer ótima Copa São Paulo de Futebol Júnior, com oito gols e três assistências. Com 1m90cm e porte de lutador, o jogador fez 29 jogos no ano e marcou 11 gols. Na Série D, em 13 partidas, marcou em cinco oportunidades, incluindo o gol de pênalti na vitória sobre Paraná, no domingo passado (17), quando garantiu a classificação à segunda fase. No entanto, ele está suspenso pelo terceiro cartão amarelo e não poderá jogar na partida de ida do confronto.
Em 14 partidas, o Oeste conquistou cinco vitórias, cinco derrotas e quatro empates, com 14 gols marcados e 15 sofridos. O time-base do rubro-negro conta com: Fernando Henrique, Lenon, Afonso, Thiago Silva e Davi Oliveira; Diogo e Bruninho; Gustavo Hebling, Léo Ceará e Kauã; Werik Popó.