Além da boa atuação do Caxias no empate com o Cascavel, um assunto bastante abordado pelo técnico Thiago Carvalho e o gerente de futebol Filipi Cruz foi a arbitragem. O Caxias reclama de dois lances. Um no segundo tempo, numa possível agressão do atacante Lucas Coelho ao lateral Marcelo, fora da disputa de bola na intermediária. Neste momento, o árbitro Antonio Marcio Teixeira da Silva (MG) conversou com o auxiliar Mateus Olivério Rocha sobre a jogada, mas não aplicou nenhuma punição ao atleta do time paranaense.
E outro no fim da partida, já nos acréscimos, quando o atacante Igor Goularte, do Caxias, receberia a bola sozinho no campo de ataque e o árbitro Antonio Marcio Teixeira da Silva parou a partida aplicar cartão amarelo a Libano, zagueiro do Cascavel, por entrada de maneira temerária na disputa da bola.
— Antes de falar do jogo, preciso falar. Não gosto de falar de arbitragem, mas hoje vi uma situação que nunca tinha visto no futebol. O camisa 9 agrediu nosso jogador, bandeirinha viu, o quarto árbitro chamou, e o árbitro simplesmente não foi. Ou é mal intencionado ou é ruim. Se é ruim, não tem condição de apitar um jogo profissional. Vou acreditar que ele é muito ruim, porque o que aconteceu aqui é barbaridade. Matou nosso último contra-ataque. Não é normal. Não foi determinante para o jogo, a gente poderia ter feito os gols, mas é algo que não existe, o bandeira e o quarto árbitro observarem a agressão, chamarem e ele não ir — reclamou o técnico Thiago Carvalho.
O árbitro Antonio Marcio Teixeira da Silva também recebeu críticas do gerente de futebol do Caxias, Filipi Cruz.
— Eu vou iniciar igual ao Thiago. Não podemos ver e sentir o que aconteceu hoje. O bandeira e o quarto árbitro chamam o árbitro e ele não vem, é uma agressão. Depois, num contra-ataque, com mais jogadores que nosso adversário e ele para para dar amarelo. Qual o critério que é utilizado? O que passa na cabeça na cabeça do juiz? dá o amarelo depois. O Marcelo chutou uma bola e levou amarelo. Isso não é desculpa, porque só faltou o gol. Agora, tem que se rever os juízes que estão vindo aqui. Precisam entender que tem pessoas sérias trabalhando. Não pode vir aqui e conduzir o jogo da maneira que ele quer. Ele conduziu para o empate e conseguiu. Ele amarrou. O relato de alguns jogadores que o próprio quarto árbitro (Roger Goulart) estava falando mal dele (árbitro) no banco de reservas. Tem que se rever esses árbitros. Não pode. Se for errar, erra para os dois lados, se for acertar, acertar para os dois. Não pode ser tendencioso — disse Filipi Cruz, que finalizou:
— É difícil. Em Itajaí aconteceu um caso, aqui de novo. Causa um pouco de espanto de uma situação tão simples. Quem tá escalando precisa ter sensibilidade de saber que aqui tem torcida e são dois times que jogam. Um jogo importante, então trazer alguém mais qualificado.