No dia 18 de maio, o Caxias recebia o técnico Thiago Carvalho após a decisão de Luan Carlos sair para o Brusque. O anúncio do treinador foi feito um dia antes, mas foi naquela quarta-feira que o campeão da Série D de 2021 começou sua trajetória no comando grená para alcançar o acesso sonhado por todos no Estádio Centenário.
No dia em que completa um mês à frente do Caxias, Thiago Carvalho terá o seu desafio mais importante até aqui em sua primeira experiência no Rio Grande do Sul. A partir das 15h deste sábado (18), no Centenário, o Grená encara Cascavel-PR, num confronto direto pelo G-2 do grupo A-8 da Série D.
Desde que chegou ao clube, Carvalho já teve quatro partidas, com uma sequência de três vitórias e apenas uma derrota, na semana passada, para o Marcílio Dias. Foram sete gols marcados e quatro sofridos, além de ter utilizado 23 jogadores nesse período.
A arrancada positiva de Carvalho, só obteve o desempenho imaginado por ele contra o Próspera, na abertura do returno, no Centenário. Naquele momento, na avaliação do treinador, o time apresentou o que foi treinado, diferente do mostrado em Itajaí.
— Vínhamos numa sequência boa. Além das vitórias, de evolução de jogo. Contra o Próspera, aqui, ficou bem visível isso. Conseguimos fazer o jogo que eu quero, ser agressivo e não deixando o Próspera jogar. Porém, contra o Marcílio, isso não aconteceu em praticamente nenhum momento — avaliou o treinador, valorizando os pontos positivos da sua equipe e alertando para os descuidos:
— Os três primeiros jogos foram vitórias e o terceiro foi bom, foi o que eu gosto de ver. Podem falar que o Próspera foi inferior, mas, com todo respeito, o que fizemos foi mais mérito nosso do que falha deles. E é o jogo que eu espero do Caxias. No último não aconteceu, e isso preocupa. O porquê não conseguimos fazer ou porque não tentamos fazer.
Em todos os jogos sob comando de Thiago Carvalho, o Caxias conseguiu marcar gols. No entendimento do técnico, o time precisa ter disposição para propor jogo e se entregar à partida:
— Meu papel é mostrar para eles, dar confiança para que continuem jogando, independente do adversário e da situação. Algo que acredito é que você precisa ser merecedor para ganhar jogos. A partir do momento em que você já não joga, não merece, começa a ficar pela sorte. Essa é minha grande preocupação. De todos terem essa confiança de jogar futebol, de por a bola no chão, de tocar a bola e ser rápido. A partir do momento em que em um jogo não acontece, preciso estar atento para que isso volte a acontecer no próximo jogo.
Mesmo que Caxias, Azuriz e Cascavel estejam constantemente entre os três líderes do grupo, Carvalho não coloca no duelo deste sábado a responsabilidade de ser um confronto direto pelo G-2. O treinador espera que o time conquiste o primeiro objetivo antes de pensar em posicionamento na chave:
— Meu primeiro passo é classificar. Óbvio que a gente pensa em primeiro e segundo, mas não estamos classificados, tem que vencer o jogo para poder classificar. E, a partir do ponto em que classificarmos, vamos pensar em buscar essa posição que, óbvio, facilita por poder decidir em casa nos mata-matas. Mas temos que ter pés no chão. Não posso falar em primeiro e segundo se não estou garantido entre os quatro ainda.
Com 3o dias de treinamentos, convivência e jogos, Carvalho já conhece mais do que pode tirar de cada jogador de seu grupo e como fazer com que eles traduzam em campo o que é trabalhado durante a semana. Nesse primeiro ciclo no clube, o treinador espera apenas que seus atletas façam aquilo que foi treinado e que joguem futebol.
— Nesse um mês, vejo que nos treinamentos eles conseguem, têm toda a qualidade para fazer, e precisam passar isso para o jogo. Apenas isso, não tem muito segredo. A responsabilidade sempre vai ser minha, mas não posso aceitar que eles não façam. Essa é minha briga com eles, que façam e se não der certo a culpa é minha, não tem problema — concluiu o técnico grená.