Um primeiro tempo quase perfeito. O Juventude teve volume ofensivo, criou mais oportunidades que o Athletico-PR, abriu o placar, no entanto, foi penalizado na reta final. O time rubro-negro conseguiu empatar com um gol de Pablo, nos minutos derradeiros da etapa inicial de jogo. Um misto de frustração com tristeza. No segundo tempo, o time paranaense foi efetivo novamente, virou, aproveitou um Ju com menos ímpeto e completou a vitória por 3 a 1 em pleno Estádio Alfredo Jaconi.
— Foi aquele tipo de jogo, de situação, que tentamos acalmar um pouco para pensar no que responder. É extremamente frustrante. A pressão que fizemos e o tanto que fomos dominante. Perder um jogo assim é dolorido. Hoje, foi aquele dia que você foi traído pelo jogo. Efetividade. As chances que tiveram, eles foram assertivos — analisou Marcelo Barbarotti, diretor-executivo do Juventude.
Depois de um primeiro tempo com bom desempenho, mas frustrante por tomar o gol de empate, o Juventude não teve o mesmo ímpeto na segunda etapa. E pior: sofreu a virada. O Ju até pressionou, foi superior, mas não confirmou um bom resultado e continua na zona do rebaixamento no Brasileirão.
— A questão de nível técnico individual fez a diferença. Atletas do Athletico tiveram melhor nível. No segundo tempo, foi a frustração do gol que nós tomamos para entrar no intervalo. Foi um primeiro tempo e não podíamos nos frustrar. É um pouco de tudo. A frustração nossa e pequenas falhas. Mesmo com um segundo tempo não foi tivemos muitas chances. Não foi o mesmo padrão, mas tivemos chances de gol no segundo tempo — avaliou Barbarotti.
A grande pergunta que fica para a falta de efetividade do Juventude em lances cruciais é: emocional ou qualidade técnica? O Juventude cria, mas precisa de muitas chances para conseguir marcar um gol. A direção buscará reforços, mas não há condições de encontrar jogadores acima da média pelos altos valores.
— O Pitta tem 22 anos e tem muito a se desenvolver. Ele não teve nenhuma bola decisiva hoje, mas com 22 anos é uma e outra com 26 vai estar mais maduro. Nós temos que entender nosso mercado. Dificilmente, vamos ter condições de pegar um atleta mais maduro ou então maduro demais. É entender o mercado e ser realista. Confiança e trabalho. Às vezes não é só questão técnica, mas emocional também — finalizou Barbarotti.