O 2022 do Juventude, daqui para a frente, será somente de preocupação com o Campeonato Brasileiro. Após a eliminação da Copa do Brasil para o São Paulo, na quinta-feira (12), a equipe alviverde terá 33 rodadas até o fim do ano para garantir o seu lugar na elite nacional no ano que vem. Para chegar nisso, o primeiro passo é conquistar a primeira vitória na Série A, o que não ocorreu nas cinco primeiras rodadas da competição. No domingo (15), a partir das 18h, esse triunfo pode vir diante do Avaí, na Ressacada, em Florianópolis-SC.
Desde que o técnico Eduardo Baptista assumiu efetivamente o comando do Juventude, foram nove jogos, com apenas uma vitória, sobre o Real Noroeste-ES, que disputa a Série D, pela Copa do Brasil. Nessa partida e na derrota para o Brasil-Pel, no Bento Freitas, na última rodada do Gauchão, Baptista tinha um time basicamente com o que sobrou da fraca campanha do Estadual.
Depois disso, veio uma intertemporada e o treinador pode implementar sua ideia de jogo e sua maneira de pensar futebol. Tudo isso pode ser visto na maioria das sete partidas após a pausa para treinamentos de Baptista com os aletas, mas não geraram vitórias e fazem a pressão crescer.
O desempenho existe, mas não é refletido na tabela do Brasileirão, onde o time soma três pontos em 15 possíveis e segue na zona do rebaixamento. A pressão ainda não é interna, pois há confiança que o futebol apresentado em campo pode render bons frutos muito em breve. Baptista, no entanto, não mostra preocupação em caso de um pressão maior por conta desse início do time.
— Eu tenho que trabalhar, buscando sempre evoluir e é nisso que tenho que me preocupar — afirmou o treinador após a derrota para o São Paulo, que resultou na eliminação alviverde da Copa do Brasil.
O revés para o Tricolor paulista, por sinal, foi um dos piores do Juventude de Baptista. O 2 a 0 foi de atuação mais fraca que a goleada sofrida para o América-MG, na segunda rodada, onde o time até jogou bem, mas sofreu com uma expulsão logo no primeiro tempo.
Como visitante no Brasileirão, o Juventude buscou ponto somente contra o Botafogo, com empate por 1 a 1 há duas semanas. Foi um jogo de atuação consistente e que pode gerar boas expectativas para encarar o Avaí, terceiro colocado na tabela e que vem surpreendendo nesse início de competição.
Se contra o São Paulo, Baptista preservou alguns jogadores, em Florianópolis será com força máxima do que tiver à disposição. O que foi trabalhado desde o início da competição e antes da saída para os dois jogos fora será o foco principal, até porque alguma mudança entre uma partida e outra será mais falada do que treinada.
— Não tem muito tempo para treinar e para recuperar esses atletas, não dá nem 72 horas. É na base da conversa. Trabalhar com as mensagens que esse jogo nos deu, de tirar coisas boas, e têm coisas boas para serem tiradas, corrigir algo que deu errado para que possamos fazer um grande jogo contra o Avaí — afirmou Baptista.
Chegar ao oitavo jogo sem vencer na sequência pode criar um clima complicado entre jogadores e torcida, que deve comparecer na Ressacada para incentivar o time. Se nos cinco jogos anteriores do Brasileirão e nos dois da Copa do Brasil o detalhe fez o Juventude não sair vencedor, chegou a hora de fazer esse detalhe jogar a favor na Ilha da Magia.