Encontrar o equilíbrio entre atacar e defender tem sido um dos grandes desafios do Juventude no Campeonato Brasileiro. Se na frente o time do técnico Eduardo Baptista marcou sete vezes e está com o 12º melhor ataque - mesmo que desperdiçando várias chances criadas -, na defesa o panorama é bem mais preocupante. Com 13 gols sofridos, o Papo tem a pior defesa entre as 20 equipes da Série A.
No sábado (28), às 20h30min, o Juventude encara o Fortaleza, na Arena Castelão, para tentar a segunda vitória na competição. Contra o lanterna do Brasileirão, na casa do rival, além dos três pontos, a equipe alviverde tentará deixar pela primeira vez o campo sem ser vazado na competição. Curiosamente, Juventude e Fortaleza são os únicos times que ainda não terminaram uma partida sequer no Brasileirão sem sofrer gols.
Para tentar melhorar na marcação, o Juventude ganha opções ofensivas para a partida no Ceará. Por mais que isso possa parecer não fazer sentido, dentro do modelo de jogo de Baptista, jogadores como Paulinho Moccelin e Chico, que cumpriram suspensão na derrota para o Palmeiras, têm papel importante para desarmar o rival em seus domínios.
- O Fortaleza é uma equipe que te atrai para você fazer uma pressão alta e explora suas costas. É diferente de um Fluminense, Bragantino, que te atrai para sair jogando e com aproximações, vai levando. O Fortaleza atrai para um escape lateral e fundo. É ter esse equilíbrio entre subir a marcação e também compactar no meio, quando não der para subir, e esperar - avaliou Baptista, reconhecendo a importância dos atletas que retornam:
- O Chico tem uma leitura boa, o Moccelin tem muita força para, se errar uma pressão, retornar. São jogadores importantes nessa estratégia.
RIVAL MOTIVADO
Mesmo que ainda não tenha vencido no Brasileirão e ocupe a lanterna da competição, com um ponto conquistado em seis jogos, o Fortaleza ganhou uma motivação extra para a sequência da Série A. Na quarta-feira, jogando no Chile, a equipe do técnico Juan Pablo Vojvoda venceu o Colo-Colo por 4 a 3 e conquistou uma histórica classificação para a segunda fase da Copa Libertadores.
Esse cenário pode criar um ambiente ainda mais adverso para o Juventude no Ceará.
- Devemos encarar lá um público de 40 ou 50 mil pessoas. Uma pressão grande, tem que saber suportar. Se tivermos o equilíbrio, podemos transformar essa pressão a nosso favor e ter grandes chances de vencer. Mas, se não der para vencer, um ponto é importante. Depois temos duas decisões em casa (contra Fluminense e Athletico-PR) para subir na tabela e deixar essa zona (do rebaixamento) - concluiu Baptista.