Os jogos Surdolímpicos estão prestes a completar 100 anos. Neste longo período, nunca o evento havia sido realizado na América Latina. Em 2022, Caxias do Sul escreve seu nome na história das Surdolimpíadas. Após 98 anos, o Brasil receberá pela primeira vez uma edição.
Faltando 30 dias, o megaevento promete trazer mais de 5 mil surdoatletas e membros de delegações à Serra Gaúcha. Com mais de 70 países participantes, Caxias do Sul começa a contagem regressiva para a abertura oficial no dia 1º de maio.
Nesta sexta-feira (1°), a Tocha Surdolímpica esteve na primeira cidade a receber as provas. A chama aqueceu o dia frio em Paris, na França. Após ser acesa na Suíça, na última quarta-feira (30), dia do sorteio das chaves dos esportes coletivos, a tocha fez uma parada especial na terra que deu a largada nas Surdolimpíadas.
A presidente da Confederação Brasileira de Desportos Surdos, Diana Kyosen, e o presidente do Comitê Internacional de Esportes para Surdos, Gustavo Parazzolo, entregaram a tocha ao surdoatleta brasileiro, Dauber Santos Roque. A cerimônia teve como paisagem principal a histórica Torre Eiffel.
O atleta vive na França e participou da última edição da Deaflymcpis, realizada na Turquia, em 2017. Gaúcho, natural de Capão da Canoa, Roque esteve na equipe brasileira de handebol.
Também nesta data, a comitiva brasileira foi recebida pela Diretora do Comitê Jurídico da Organização de Esportes Surdos da Europa, Isabelle Malaurie, e Didier Pressard, vice-presidente da Federação de Esportes Surdos da França.
As Surdolimpíadas de Verão acontecem a cada quatro anos e é o evento multidesportivo mais antigo, depois dos Jogos Olímpicos. Depois de Caxias do Sul, Tóquio, no Japão, será a sede da próxima edição em 2025.