O técnico Eduardo Baptista foi repetitivo em sua entrevista coletiva após a derrota para o Cuiabá, neste domingo (24), no Estádio Alfredo Jaconi, pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro.
Lamentando as chances criadas e não convertidas pelos seus comandados, Baptista reafirmou a satisfação com a produção do time, mas espera evolução na ação ofensiva:
— Temos que trabalhar, temos que repetir. Estamos mais perto da vitória do que de perder. Ajustes têm que ser feitos. A bola parada (defensiva) era uma preocupação nossa e estancamos, treinamos e corrigimos. Precisamos ser mais efetivos. Na Série A, ter um primeiro tempo com quatro chances reais de gol dentro da área pequena, tem que matar. Se não mata, você tem adversários qualificados. O jogo começa a ficar muito pesado quando essa bola não entra em casa. Você joga bem, joga melhor que o adversário e as coisas não acontecem.
Assim como o executivo de futebol Marcelo Barbarotti, Baptista também entendeu que o pênalti desperdiçado pelo Juventude no começo do segundo tempo mudou o rumo que a partida poderia ter. A forma cautelosa como o Cuiabá, do técnico Pintado, jogou no Jaconi, pode refletir e servir de ensinamento para outros confrontos do Papo como mandante, principalmente contra os considerados adversários diretos:
— O Cuiabá veio por uma bola, como conseguiu. Nem foi por uma bola, foi por um VAR. Tem que ser efetivo. Contra esses times, eles vem fechados e muitas vezes vão vir para um anti-jogo, o que não foi o caso, e vamos criar muitas ou poucas chances. Mas as que criarem, temos que ser efetivos. Se fizemos o gol de pênalti, muda tudo. Teríamos mais 30 minutos para jogar e eles teriam que vir para cima.
O gol do Cuiabá saiu de um pênalti marcado com interferência do VAR, comandado pelo carioca Rodrigo Nunes de Sá, que chamou o paranaense Paulo Roberto Alves Jr. por conta de um toque da bola na mão do zagueiro Vitor Mendes. Na análise do treinador alviverde, o árbitro de vídeo deveria ser utilizado em questões mais objetivas do jogo, como bola dentro ou fora do gol, impedimentos e definição de falta dentro ou fora da área.
— Tenho um pensamento sobre o VAR. Hoje, ele é subjetivo e não era para ser. Se interfere muito no jogo, fora do normal. Mas o problema já está aí e com o tempo talvez vá se adequando e deixando de ser subjetivo — afirmou Baptista que, no entanto, não colocou ao erro da arbitragem de vídeo a responsabilidade do revés alviverde:
— Nosso problema não está no VAR. Ele está dentro do campo e em sermos mais efetivos, estar mais concentrado.