O Juventude não conseguiu se impor e correu atrás do Aimoré na noite desta segunda-feira (21) pela oitava rodada do Campeonato Gaúcho. O Índio Capilé saiu na frente com Wesley logo aos 12 minutos do primeiro tempo. O empate em 1 a 1 veio em jogada individual do camisa 10 Mauro Zárate. Para Eduardo Barros, técnico interino, o resultado acabou justo.
—O jogo no segundo tempo se desenhou de uma forma que escapou do nosso controle. Era sabido que o Mauro não iria suportar os 90 minutos. Com as mudanças, a nossa equipe não conseguiu manter o bom posicionamento com Mauro em campo e precisamos fazer alguns ajustes para bloquear a equipe do Aimoré. O empate acabou sendo um resultado justo — analisou o treinador do Juventude após o jogo.
Eduardo Barros não viu falta de competitividade do Juventude em campo, mesmo a equipe não tendo nenhuma chance clara de gol no segundo tempo. O treinador também reclamou da arbitragem de Wagner Echevarria. O técnico questionou uma falta em Danilo Boza no gol do Aimoré e de um pênalti não marcado para o Juventude em um toque de mão dentro da área do índio capilé.
— A equipe errou de fato mais que em outros jogos, mas acredito que não tenha faltado competitividade. O contexto deste campo, nós sabemos que é muito difícil de jogar. O jogo fica mais amarrado, lento, o tempo de domínio de passe é diferente. No primeiro gol sofrido tem um lance que talvez não fosse o melhor passe a ser feito, mas é um lance escancarado de falta do Aimoré. Além desse lance capital, nós podemos destacar um pênalti muito evidente não assinalado —reclamou Eduardo Barros.
O empate só aumenta o drama do Ju no Gauchão. A equipe segue na zona do rebaixamento com sete pontos somados em 24 disputados. Faltam apenas três rodadas para o fim da primeira fase do campeonato e a próxima partida será o clássico diante do Caxias, sábado (21), às 16h30min, no Estádio Alfredo Jaconi.
— Será um período de muito estudo do adversário de intervenções cirúrgicas no treinamento para chegar forte no duelo em nossa casa e aproveito o momento para convocar o torcedor Jaconero. A circunstância não é simples, mas ainda temos totais condições, dependemos somente de nossas forças para sair da zona do rebaixamento — falou o técnico interino Eduardo Barros.
Ao longo do segundo tempo, uma discussão forte poderia resultar em um problema futuro para o Juventude. O capitão William Matheus fez uma cobrança forte em Capixaba chegando a encostar a cabeça no companheiro de time. Ambos estão pendurados com dois cartões e, caso o árbitro tivesse aplicado o amarelo, os dois estariam fora do Ca-Ju. Na sequência, o lateral ainda iniciou uma discussão com o zagueiro Danilo Boza. Barros disse que o fato será tratado internamente.
— O controle emocional é importante em todos os momentos. A cobrança não pode ser vista como um descontrole emocional. Esse assunto será tratado internamente, mas tem que ser observado sobre um viés positivo, que mostra que são jogadores muito comprometidos com o time que estão buscando soluções para sair dessa situação incomoda na tabela — justificou o técnico do Ju.