Após a chegada do técnico Jair Ventura, o Juventude deu passos importantes para a permanência na Série A do Brasileiro. A desconfiança e a incredulidade deram espaço a boas atuações e a certeza de poder atingir o feito desejado. Com 43 pontos, o Verdão está bem próximo de concretizar o grande objetivo da temporada. Por isso, o jogo contra o Fortaleza, nesta sexta-feira (3), às 21h, tornou-se mais uma batalha para pontuar e alcançar a mata de continuidade na elite nacional.
Em oito jogos com Jair Ventura, foram quatro vitórias, três empates e somente uma derrota. Em 24 pontos disputados, 15 pontos foram somados. Os bons números dão a certeza que o Juventude pode permanecer, no entanto, não permitem ao elenco fazer projeções, já que cada jogo é considerado uma final e decisivo na luta contra o rebaixamento. Além do Fortaleza, São Paulo e Corinthians são os outros dois confrontos que ainda faltam para terminar o Brasileirão.
— A projeção é fazer o nosso melhor contra a equipe do Fortaleza. Descansamos, treinamos e montamos uma estratégia para buscar surpreender a equipe deles e desempenhando o nosso melhor futebol — admitiu o zagueiro Rafael Forster.
Mesmo que o objetivo principal do Juventude seja escapar do rebaixamento, existe uma possibilidade grande de conseguir uma vaga para a Copa Sul-Americana de 2022. Um bom resultado diante do Fortaleza poderá ajudar na luta para fugir das proximidades do Z-4 e, automaticamente, brigar por uma competição continental.
— Vou ser bem sincero. Eu penso que cada rodada que a gente fique mais longe da zona do rebaixamento, melhor. Se, consequentemente, a gente alcançar a Sul-Americana, a gente vê lá no final. Quando mais adversários para baixo da nossa colocação, melhor. Não penso na Sul-Americana. Estamos mais próximos da zona do rebaixamento e essa é a nossa preocupação — afirmou o defensor.
O Juventude voltou a conviver entre os 20 maiores clubes do Brasil, após 14 anos longe da Série A. Depois de tanto tempo longe da elite do futebol nacional, o Verdão utiliza todas suas forças para continuar a figurar num cenário tão qualificado. Além disso, o grupo de jogadores tem essa consciência e está ciente de que esse feito de permanecer na Primeira Divisão seria grandioso.
— Depois de um longo tempo, o Juventude está na Série A. É uma coisa grandiosa. Sabemos o quanto para a instituição e a torcida seria importante permanecer. Não só pela questão de dinheiro, mas de história. O Juventude tem muita história. Para um clube de interior, ainda mais da região Sul, sem a visibilidade do eixo central do país, é de tamanha significância para nós. Seria um feito grandioso permanecer na Série A — analisou Forster.
Oscilação e evolução
Assim como o Juventude, o zagueiro Rafael Forster oscilou durante o Campeonato Brasileiro. Em determinados momentos, falhou e comprometeu a equipe. Com isso, perdeu espaço no time titular, mas reconquistou a confiança e voltou a figurar entrar os 11 que começam as partidas.
Rafael Forster disputou 29 jogos dos 35 que o Juventude tem na Série A do Campeonato Brasileiro. Em 28 oportunidades, ele foi titular. Mesmo com a oscilação, se firmou na equipe novamente.
— Acontece e é normal, pois todos os atletas passam por momentos bons e complicados. Eu procurei simplificar o máximo possível. Eu gosto de sair muito com a bola, mas, as vezes, temos que entender que esse não é o momento. Quando for defender, fazer isso da melhor forma possível. Sem a ajuda dos meus companheiros, eu não teria essa evolução. A torcida tem me dado apoio também. Isso é importante — comentou Forster.