Em um jogo dramático e decidido apenas nos pênaltis, a ACBF perdeu a chance de conquistar o seu 14º título estadual. Jogando em Erechim, o time laranja empatou em 1 a 1 com o Atlântico, no tempo normal e na prorrogação, mas acabou derrotado por 5 a 3 nas cobranças das penalidades. No jogo de ida, em Carlos Barbosa, os dois times empataram em 2 a 2.
Foi uma espécie de revanche para o Atlântico, que havia sido eliminado pela ACBF nas quartas de final da Liga Nacional de Futsal. Agora, a equipe de Carlos Barbosa deve oficializar algumas mudanças no elenco para a próxima temporada, como a chegada do pivô Roni, do Cascavel, e a saída de Dener, que vai atuar na Rússia.
No duelo de volta da decisão do Gauchão, em Erechim, a equipe visitante abriu o placar logo no início. Com menos de dois minutos, Dener recebeu como pivô, puxou para o pé esquerdo e bateu cruzado, sem chances para o goleiro Tiago: 1 a 0. Porém, o gol na largada não significou tranquilidade para a ACBF. Como já se projeta, o clássico gaúcho foi, como já havia acontecido em outros duelos na temporada, muito equilibrado.
O empate veio ainda na primeira etapa, aos 12 minutos, em uma jogada ensaiada do Atlântico. Após finalização cruzada, Guto antecipou a defesa e desviou para as redes. Em jogo movimentado e com boas chances para os dois lados, o resultado se manteve.
Na segunda etapa, a partida mudou de característica, sendo mais truncada e sem tantas finalizações. Na reta final do confronto, Pedro Rei foi expulso após receber o segundo cartão amarelo e a ACBF precisou segurar o Atlântico durante dois minutos com um atleta a menos em quadra. Eficiente na marcação, o time laranja conseguiu suportar a pressão e levou o duelo para a prorrogação.
No tempo extra, sem vantagem para qualquer lado, o desgaste físico pesou. O Atlântico apresentou vários jogadores importantes com câimbras, enquanto a ACBF tinha que lidar com o fato de ter cinco faltas cometidas. Apesar das dificuldades físicas, foi o time da casa que chegou mais perto de abrir vantagem, primeiro em finalização do goleiro Tiago que acertou a trave e depois em um chute de Antoniazzi tirado em cima da linha por Bruno Souza.
Nos cinco minutos finais, pouca coisa mudou. Com muitos erros, a ACBF não conseguiu assustar o rival. Já o Atlântico, mesmo com mais posse de bola, era ineficiente. Quando restavam um minuto e 55 segundos, o Galo de Erechim também cometeu a quinta falta, deixando o duelo igual neste quesito. Porém, o jogo transcorreu sem novas infrações até o final e com o placar inalterado. Assim, com o 1 a 1, a decisão do título foi para os pênaltis.
Nas cobranças, Rocha, Fernando converteram as duas primeiras cobranças, mas Dener cobrou por cima do gol. Jhow ainda marcou o quarto, mas o Atlântico teve 100% de aproveitamento, com Tiago, Jé, Ricardo, Allan e Serginho, para garantir o título.