A grande magia do Natal é ver o sorriso de uma criança ganhando aquele tão desejado presente. No entanto, é consenso de que isso não chega para todos os pequenos da nossa sociedade, ainda mais em tempos de pandemia do coronavírus em que as diferenças ficaram ainda mais evidentes. Por isso, ajudar ao próximo é algo tão grande neste momento.
O armador Cauê Verzola, que defende o Caxias do Sul Basquete, é uma dessas pessoas que usou a sua imagem para conseguir auxiliar as pessoas que tanto precisam de ajuda nesse momento. Nesta quarta-feira (22), ele e os companheiros de time realizaram a entrega de presentes e cestas básicas às crianças atendidas pela Casa Brasil, no bairro Reolon.
Esta é a segunda vez que Cauê realiza esse tipo de ação, sendo a primeira em Caxias do Sul. A Casa Brasil foi escolhida pelo atleta, que visitou a instituição anteriormente para conhecer o trabalho exercido ali e pediu para que cada criança escrevesse uma carta ao Papai Noel com seus pedidos. Essas cartinhas foram adotadas rapidamente, quando o jogador usou a rede social Instagram para divulgar a ação.
— Foram quase 150 cartinhas e em 24 horas estavam todas adotadas. Essa campanha aqui, por mais que eu tenha puxado a frente, teve várias pessoas que ajudaram a arrecadar, desde os jogadores, o pessoal do marketing. Como as cartas foram adotadas rapidamente, colocamos também o objetivo de uma cesta básica para cada família. Esse foi o maior desafio — disse Cauê.
Na entrega, na tarde desta quarta, era difícil não ver um pequeno feliz com seu pacote e um presente ali embrulhado – cada carta tinha três opções. Além do presente, eles também levavam uma cesta básica para casa, uma ajuda enorme para o Natal dessas famílias.
— O objetivo maior, além de ajudar ao próximo, que é o mais importante, e proporcionar um Natal mais feliz e mais digno, é inspirar que outras pessoas também realizem esse tipo de ação. Que eles façam algo parecido nos próximos anos, porque quanto mais gente fizer, mais fácil fica para todo mundo — afirma Cauê.
A Casa Brasil trabalha com cerca de 180 crianças e adolescentes, dos seis aos 15 anos. Isso abrange um universo de 119 famílias. Para serem atendidas, elas têm alguns pré-requisitos, como a vulnerabilidade social, onde são dadas preferências para aquelas com baixa renda, em que os pais trabalham e não tem com quem deixar os filhos, e até situações de violência.
Todas as crianças precisam estar matriculadas na escola e frequentam a casa no contra turno. No local, é feita distribuição de alimentos, e são oferecidas oficinas de capoeira, judô, música, artesanato, além do trabalho sobre questões de valores aos jovens. Aos 14 anos, eles são encaminhados ao programa Jovem Aprendiz para já começarem a ingressar no mercado de trabalho.
A Casa Brasil fica localizada ao lado do Case, na Rua Angelina de Esteffen de Souza, 161.