Ainda vivendo a frustração por não ter conseguido o acesso na Série D do Campeonato Brasileiro, o Caxias já planeja o futuro administrativo e que, diretamente, reflete dentro de campo. Para 2022, Paulo Cesar Santos não seguirá como presidente e, com isso, outro nome terá que ser lançado para a função majoritária dentro do clube, começando um mandato de dois anos.
O prazo máximo para que um novo presidente seja eleito pelo Conselho Deliberativo do Caxias é 15 de dezembro. Porém, para que não haja atrasos no planejamento grená para os próximos dois anos, esse processo deve ser antecipado.
— Provavelmente, a gente vá decidir isso dentro do mês de novembro. Sempre antecipamos um pouco, nunca deixamos chegar no prazo final. Mas como ainda não tem nenhuma chapa inscrita e definida, deve acontecer até o final de novembro — afirmou o presidente do Conselho Deliberativo grená, Rodrigo Fulcher.
Ainda que um nome não tenha sido lançado entre os conselheiros como candidato, Fulcher afirma que o risco do clube não ter interessados no cargo é inexistente. A principal possibilidade até o momento é que do grupo que atualmente gere o Caxias, saia uma das chapas concorrentes.
— Com certeza, vai ter a executiva, vai ser formada. Existem pessoas, sim, já conversando de algum tempo. É questão de aparar algumas arestas para se ter a chapa. Estão sendo feitas reuniões com o grupo gestor atual e conversando com alguns nomes afim de compor a executiva — explicou Fulcher.
Sequência no futebol
Enquanto não há definição da nova diretoria, os conselheiros e a atual gestão precisaram definir situações para que a preparação do departamento de futebol não fosse prejudicada. Com isso, o gerente de futebol Ademir Bertoglio segue com suas atividades no clube.
— Ficou acertado que vai se dar andamento normal ao futebol, independente da chapa que venha a assumir. O clube tem que continuar. Por enquanto, o Ademir é funcionário do clube. Ele continua funcionário. Não foi desligado, está trabalhando normal como todos os outros funcionários. O clube anda normal, com as pessoas que estão ali. O Paulo Cesar é presidente até 15 de dezembro, não encerrou o mandato dele — frisou o presidente do Conselho, explicando que a escolha de ter ou não um vice de futebol ficará a cargo do grupo que assumir a majoritária:
— O estatuto do Caxias prevê o presidente, primeiro e segundo vices, que tem que ser eleitos com aprovação e apreciação do Conselho. A executiva eleita pode nomear mais quatro vice-presidentes, que seriam cargos de confiança.
O Caxias terá que reunir forças para tentar em 2022 buscar o objetivo que há tanto tempo anseia o torcedor grená. O novo presidente e as pessoas que seguem acreditando no clube, precisarão manter o foco para continuar nessa luta. A eliminação para o ABC doeu também nos conselheiros, que antes de qualquer coisa, são torcedores. Porém, pelo que afirmou Fulcher, não tirou a motivação para seguir apoiando:
— Óbvio que ficou um sentimento de tristeza por todo o trabalho que foi feito, todo empenho, inclusive do Conselho. Foi um ano em que o Conselho participou muito da questão de colaboração, de aporte de recursos. Mas a grande maioria dos conselheiros entenderam que o trabalho foi feito da maneira que era possível fazer em mais um ano de pandemia. Está todo mundo engajado em seguir, e no próximo ano buscar um trabalho melhor ainda do que já foi feito dentro das possibilidades do clube, e buscar o acesso.