O empate do Juventude deste sábado (9) com o América-MG, na volta do torcedor ao Alfredo Jaconi, não foi o resultado esperado pela maioria da Papada presente no estádio. Porém, o time do técnico Marquinhos Santos voltou a ter uma boa atuação no Campeonato Brasileiro da Série A, o que agradou o treinador.
— Voltamos a ter uma boa apresentação. Buscávamos novamente ter essa intensidade, algo que nos faltou muito contra o Sport. Foi cobrado e os atletas responderam muito bem. Acho que o estado anímico que o jogo contra o Sport poderia trazer para esse, nós estancamos. Demos uma resposta muito positiva. Precisávamos — afirmou Marquinhos, entendendo a necessidade do time apagar a má impressão deixada na derrota em Pernambuco no meio da semana:
— Voltamos a colocar o trem no trilho novamente. Quando tu joga bem, está no caminho para buscar o objetivo. E o do Juventude inicial é estar fora da zona do rebaixamento e não estar rebaixado na última rodada. Acredito que dentro de um percentual de aproveitamento, estejamos dentro daquilo que o clube pode alcançar esse ano diante de toda a dificuldade que se tem.
Para o treinador, pelo nível de atuação, sua equipe deveria ter uma sorte melhor em casa contra o Coelho:
— A equipe que merecia e deveria sair com a vitória era o Juventude, por aquilo que controlou, que construiu e, vale ressaltar, que enfrentamos o que era até então líder do returno.
Além da volta de uma atuação mais próxima do padrão do time no Brasileirão, o Juventude teve o apoio das arquibancadas com a presença de sócios da equipe. O treinador entende que o papel da torcida foi decisivo para o time buscar o empate.
— É impressionante a sinergia que tem com o torcedor Jaconero em casa agora. É mais uma força, o 12º jogador. E digo que se não estivesse o torcedor do Juventude no nosso estádio, dificilmente conseguiríamos uma reação depois do gol sofrido, talvez não teríamos esse ímpeto e essa energia. E veio da arquibancada a energia necessária e os atletas responderam muito bem — disse o treinador, elogiando o comportamento da torcida durante a partida:
— Temos visto, em momentos delicados, torcedores de outras equipes jogando suas equipes para baixo. E nós, não. Tivemos nosso torcedor do primeiro ao último minuto incentivando.
Gramado escorregadio
Além do América-MG, o Juventude teve que enfrentar neste sábado o próprio gramado do Jaconi. Apesar de muito bonito e com qualidade, o piso estava bastante escorregadio, fazendo com que vários jogadores tivessem instabilidade para permanecer em pé em diversas jogadas, tanto ofensivamente, quando na defesa.
No lance que originou o gol do América-MG, o lateral-direito Michel Macedo chegou inteiro para fazer a marcação no jogador do rival que se preparava para o cruzamento para a área. Porém, acabou escorregando ao tentar firmar o pé e deixou o caminho livre para o lançamento que encontrou Juninho livre para abrir o placar para o time mineiro.
Na avaliação de Marquinhos, a diferença do campo de jogo para o de treinamento tem um peso importante para esse desequilíbrio e dificuldade de adaptação para seus jogadores.
— São situações que a gente tenta, discute aqui, para que possa ter um treino. É difícil, pela qualidade que o campo está, muito bonito, que tem que ficar visível para a imprensa, para a televisão e para a torcida. E muitas vezes é difícil conseguir um treino mais extenso. Daí tem que ligar a irrigação, para que possa se molhar o campo. É completamente a maneira como nós treinamos no CT, que tem problema de irrigação, que quebra cano e não tem como molhar o gramado, e o do Alfredo Jaconi. É o mesmo tipo de gramado, mas o tratamento é diferente. Aí a estrutura de jogo não é a mesma. Temos que nos adaptar, tivemos dificuldade hoje. Até no gol, o escorregão do Michel foi por essa questão — concluiu o treinador.