Pelo segundo jogo seguido no Campeonato Brasileiro, o Juventude não concorda com os critérios e decisões tomadas pela arbitragem. Diante do Fortaleza, uma semana antes, o Verdão reclamou de um pênalti no meia Chico, na reta final da partida. O árbitro Fifa Raphael Claus não marcou e o árbitro de vídeo Marcio Henrique de Gois não interferiu. Contra o São Paulo, a reclamação é na penalidade marcada por Antônio Dib Moraes de Sousa para os visitantes.
— Sobre a arbitragem, vale pontuar que, no nosso entendimento, fomos prejudicados mais uma vez. O Juventude teve lance capital no final contra o Fortaleza, que, no nosso entendimento, foi pênalti. Nós sabemos do critério do chamamento do VAR, sabemos do critério da arbitragem como funciona. Quando o juiz é unânime para decidir nesta questão interpretativa. O juiz quando interpreta que não foi pênalti, o VAR não pode chamar, mas infelizmente tem outros lances parecidos em outros jogos, onde o VAR aciona a arbitragem para rever o lance, mesmo que seja de interpretação do árbitro — disse o presidente Walter Dal Zotto Jr, que completou:
— Hoje, tivemos um lance capital que tinha uma convicção da arbitragem, muito parecido numa partida contra o Inter, em Bento. Não sei se o árbitro foi chamado ou não para ver o VAR, mas um lance que temos convicção que não foi pênalti. Estamos num momento de final de turno e que começa a se definir quem briga pelo que. Tem muita equipe grande brigando com a gente na zona intermediária da tabela e na zona de rebaixamento, e que nos preocupa muito. A arbitragem tem critérios diferentes e de acordo com os interesses. Isso é lamentável. Nós vamos para o Rio de Janeiro e vamos solicitar uma visita junto à Comissão de Arbitragem para rever os lances polêmicos e, principalmente, pela arbitragem não ter sido chamada.
Walter Dal Zotto Jr afirma que não há dúvida sobre a idoneidade dos árbitros. No entanto, critica os critérios adotados e que são estabelecidos através do interesse dos grandes clubes da competição.
— Estamos preocupados com a sequência do campeonato. Não estamos questionando a lisura do quadro de árbitros, mas sim os critérios utilizados. Os critérios são utilizados de acordo com os interesses dos grandes clubes. Isso é uma preocupação. Eu acredito que a competição tenha que fluir de uma maneira que não tenhamos influência e prejuízo em lances capitais.
Por fim, o Juventude conseguiu o segundo empate seguido, após sair perdendo no placar. Já são três partidas sem perder na competição. Além disso, parou o adversário que vinha de três jogos seguidos com vitória.
— Se nós analisarmos o contexto do jogo, o empate contra o São Paulo não pode ser considerado um resultado ruim, mesmo sendo dentro de casa. É um time com investimento alto e que está brigando ali junto com conosco, mas é um grupo muito qualificado. O Juventude fez um primeiro tempo melhor. Somamos um ponto — finalizou o presidente Walter Dal Zotto Jr.