O duelo deste domingo (29) marca o reencontro entre Juventude e São Paulo após 14 anos no Campeonato Brasileiro. Entretanto, neste período houve dois confrontos históricos pela Copa do Brasil, quando o Verdão eliminou o Tricolor Paulista, treinado pelo ex-jaconero Ricardo Gomes, e chegou nas semifinais da competição.
Então na Série C do Brasileirão, o Juventude chegou no Morumbi no dia 24 de agosto de 2016 como azarão, enquanto os paulistas eram favoritos. No entanto, o elenco experiente comandado por Antônio Carlos Zago conseguiu fazer um duelo equilibrado e logo aos nove minutos Roberson balançou as redes, abrindo o placar na capital paulista.
— Nós sabíamos das dificuldades que íamos enfrentar contra um gigante do futebol brasileiro, mas também tínhamos a confiança do professor Zago. Antes de subirmos pro campo, ele disse que estávamos vivendo um sonho, que era para desfrutarmos — comenta o volante Lucas.
Para Wallacer, titular nos dois confrontos, os torcedores que viajaram de ônibus para São Paulo também tiveram grande importância.
— Foi um confronto que ficou na história. Quase ninguém poderia acreditar que passaríamos de fase, mas fizemos dois excelentes jogos, principalmente no Morumbi. O apoio do torcedor foi fundamental, com o pessoal que foi de ônibus de Caxias do Sul — comenta o meia.
Titular absoluto naquela temporada, Lucas estava voltando de lesão e entrou apenas no segundo tempo no confronto de ida. No entanto, foi dele a jogada que originou o gol da vitória.
— Depois do nosso gol, eles tomaram conta do jogo e empataram na volta para o segundo tempo. Foi aí que o treinador me chamou para entrar. Estava voltando de lesão e lembro como se fosse hoje. Caion tocou pro Roberson, que me passou e o Thiago Mendes me derrubou. O Roberson, grande nome daquele time, fez o gol e nos deu a vitória — lembra Lucas.
Em sua volta ao Juventude, Roberson ainda não entregou o que todos esperam dele, já que foram apenas alguns minutos diante do Atlético-MG. A expectativa é grande por conta de 2016, quando ele foi decisivo em muitos jogos, principalmente diante do São Paulo.
O Ju entrou em campo no Morumbi com: Elias; Neguete, Klaus, Ruan Renato e Pará; Vacaria (Wanderson) e Bruninho; Wallacer, Felipe Lima (Lucas) e Roberson; Hugo Almeida (Caion).
Derrota e classificação
Quase um mês depois, as equipes voltaram a se enfrentar no duelo de volta do mata-mata. Em 22 de setembro, o Juventude administrou a vantagem e, embora tenha sido derrotado por 1 a 0, garantiu um lugar entre os oito melhores do país através do desempate com gol qualificado, já que marcou dois gols fora de casa.
— No jogo do Jaconi estávamos mais tranquilos, cientes da qualidade do nosso elenco, mesmo sabendo da dificuldade. O São Paulo não estava bem e comandamos o jogo, mesmo perdendo por 1 a 0. Foi um ano muito feliz para nós — comenta o volante Lucas.
— Jogamos com o regulamento embaixo do braço. Infelizmente perdemos, mas conseguimos nos classificar para as quartas de final. Foi um ano e uma campanha histórica, depois com o acesso. Fiquei muito feliz em fazer parte dessa campanha — recorda o meia Wallacer.
NÚMEROS DO CONFRONTO
Vitórias do Juventude: 6
Vitórias do São Paulo: 6
Empates: 8