Esporte em que 11 jogadores, com os pés, tentam colocar a bola na meta defendida por outros 11 jogadores é a forma mais mais simples possível de resumir o futebol. Sendo assim, é necessário marcar gols para vencer e conquistar pontos nos campeonatos disputados. Isso explica um pouco da crise vivenciada pelo Caxias no Campeonato Brasileiro Série D. No returno, são quatro jogos sem vencer e quatro jogos sem marcar gols, atingindo a marca de um mês sem balançar as redes adversárias.
A última fez que o Caxias mandou a bola para o fundo do gol foi no confronto com o Marcílio Dias, pela sétima rodada. A vitória por 2 a 0 aconteceu no dia 18 de agosto, no Estádio Centenário. De lá para cá foram quatro jogos, com empates em 0 a 0 com o mesmo Marcílio Dias e Joinville e derrotas por 1 a 0 para Aimoré e Esportivo.
A campanha grená na Quarta Divisão tem 11 gols marcados e 10 sofridos. Desses 11, cinco foram marcados diante do Rio Branco-PR, na 2ª rodada. Além disso, apenas dois foram em partidas longe de casa. Dos 32 times que hoje estariam classificados para a fase seguinte da competição, o poderio ofensivo do Caxias só está superior ao de Cianorte-PR (9), Juventus-SC e Madureira (10). O Santo André está igualado, também com 11 gols.
Autor de seis dos 11 gols do Caxias na Série D, o centroavante Michel também vive um jejum. Não marca desde o dia 4 de julho, no duelo contra o Aimoré, pela quinta rodada. Titular absoluto de Rafael Jaques, já são seis jogos sem anotar um gol sequer.
— É uma situação muito delicada, que tem me incomodado muito e tirado o sono. Mas é só trabalhando que vou conseguir reverter. A torcida tem que cobrar mesmo, pois o Caxias é uma equipe grande. E é uma pressão que faz a gente buscar mais os gols e as vitórias — afirma Michel.
Para o goleiro Marcelo Pitol, para o Caxias voltar a marcar é necessário mais confiança do setor ofensivo para arriscar jogadas.
— Para os atacantes marcarem os gols, depende do goleiro, dos zagueiros mas, principalmente, dos jogadores que estão próximos do ataque. Tem que ter movimentação e assumir a responsabilidade. Se errar, tentar de novo e não se abater — opina o goleiro, com quem Michel concorda:
— É uma mudança de atitude. Dentro de casa, temos que ser mais agressivos e produzir mais. Temos nos cobrado em relação a criação de oportunidades, pois produzimos muito pouco nos últimos jogos. É uma questão pessoal, mas também de todos, pois a produção passa por um todo — comenta o centroavante.
Precisando de gols para reagir na Série D e seguir na briga por uma das vagas na próxima fase da competição, o Caxias enfrenta o Cascavel neste sábado, às 15h, no Estádio Centenário.