Para contar com a presença do colombiano Juan Quintero entre os titulares sem se desfazer da dupla de zagueiros titular desde o início do Campeonato Brasileiro (Vitor Mendes e Rafael Forster), Marquinhos Santos mexeu no posicionamento tático do Juventude para o duelo contra o São Paulo. Desse modo, o Verdão atuou no 3-4-3, motivado também pela possibilidade de encaixe de marcação no esquema adversário, que formou-se no 3-5-2.
— Espelhamos o sistema deles e fizemos um duelo tático interessante — afirmou Marquinhos Santos após o empate em 1 a 1.
Dentro do 3-4-3, a defesa do Juventude era formada por Vitor Mendes, Juan Quintero e Rafael Forster. A linha de meio teve Michel Macedo e William Matheus nas alas, com Guilherme Castilho e Matheus Jesus pelo centro. No ataque, Wagner partia da ponta direita, enquanto Sorriso ocupava o lado esquerdo, com Ricardo Bueno centralizado.
Organização ofensiva
Embora um posicionamento inicial diferente do tradicional, os movimentos dentro do modelo de jogo aplicado por Marquinhos Santos no Juventude foram semelhantes aos que vinham ocorrendo nos demais jogos.
Na imagem, percebe-se a saída de bola com três jogadores (os três zagueiros), com os volantes se posicionando como opção de passe para o zagueiro da esquerda. Na linha de ataque, os pontas e os laterais de somando ao centroavante. Com a alternância de Wagner e Michel Macedo pela direita e Sorriso e William Matheus pela esquerda, por vezes os laterais apareciam por dentro e os pontas ficavam abertos. Em outros momentos, ocorria o contrário.
No primeiro tempo, Ricardo Bueno teve uma função chave para aproximar o meio-campo do ataque. O centroavante muitas vezes saiu da área, recuando para tabelar com Castilho e Jesus. Esse movimento também possibilitou infiltrações de Sorriso e Wagner na área do São Paulo.
Organização defensiva
A grande mudança do Juventude diante do São Paulo foi na forma de marcar. Por escalar três zagueiros e dois laterais, o posicionamento defensivo teve uma linha de cinco jogadores. Entre Mendes, Quintero e Forster, dois acompanhavam Rigoni e Luciano, enquanto um dos zagueiros sobrava para a realização de coberturas ou antecipações. Michel Macedo e William Matheus encaixavam em Igor Vinícius e Reinaldo, alas do Tricolor. Os volantes do Verdão ficavam atentos em Benítez e Nestor, enquanto o ataque mantinha a estrutura com três jogadores para dificultar a saída de bola dos paulistas.
O desempenho do Juventude com o novo esquema foi positivo até os 30 minutos. Após isso, o São Paulo soube explorar alguns espaços na defesa, especialmente pelo lado direito e tomou conta do jogo. Por conta disso, o técnico Marquinhos Santos optou por reposicionar o Ju no segundo tempo, retornando para o 4-2-3-1.
Segundo tempo
Buscando retomar as rédeas da partida e diminuir os espaços defensivos que eram aproveitados pelo São Paulo, o Juventude retornou ao 4-2-3-1 na segunda etapa, com Rafael Forster como lateral-esquerdo e William Matheus na ponta. Desse modo, Sorriso foi para a ponta direita, enquanto Wagner foi jogar por dentro.
Embora a equipe tenha melhorado com o retorno da formação antiga, não foi o suficiente para criação de novas oportunidades. Sendo assim, ao longo do segundo tempo outras mudanças ocorreram.
Com a saída de Quintero para a entrada de Capixaba no ataque, Forster voltou para a zaga e William Matheus para a lateral. Ao mesmo tempo, Chico substituiu Wagner e compôs um tripé no meio junto de Castilho e Jesus.
No final, após Reinaldo abrir o placar para os paulistas em cobrança de pênalti, Roberson entrou no jogo no lugar de Jesus, para formar dupla de ataque com Bueno. O gol de empate surge de uma falta sofrida por Roberson, dando valor às mudanças do treinador nos minutos finais.