O Campeonato Brasileiro teve pouco mais de 25% das partidas disputadas e o Juventude segue em sua luta para permanecer na elite na próxima temporada. Até aqui, essa meta tem sido cumprida pelo time do técnico Marquinhos Santos, com alguns momentos de empolgação maior, como as vitórias sobre Flamengo e Grêmio, no Jaconi, e outros de uma apreensão do torcedor, como nas duas derrotas no Nordeste — para Ceará e Bahia.
O aproveitamento de 40% dos pontos disputados, que o Juventude apresenta até aqui, seria suficiente para manter o time na elite em 2022. Porém, após 10 rodadas, será que a expectativa gerada é maior do que a realidade do time alviverde?
Para Rafael Diverio, repórter de GZH, o Juventude tem conseguido manter um nível de atuação condizente com a expectativa.
— A campanha do Juventude, para mim, está dentro do imaginado. Talvez um pouco abaixo pelas derrotas em casa ou o empate com o Cuiabá, na primeira rodada. Mas as vitórias contra Grêmio e Flamengo, principalmente contra o Grêmio, não considero tão fora da curva. O Juventude já vinha jogando bem e o Grêmio mal, então apenas encaixou — afirmou Diverio.
Para Marcus Vaz, comentarista da Bitcom TV Esportes, o Juventude tem feito até mais do que se imaginava, mas o time precisa estar atento para não perder o caminho nos detalhes:
— A campanha do Juventude é boa, talvez até além da expectativa. Mas é preciso avaliar os resultados e o desempenho. As vitórias foram convincentes. Por outro lado, as derrotas apresentaram os mesmos sintomas, falta de concentração na volta do intervalo ou gols no fim. O técnico Marquinhos Santos tem como desafio corrigir estas situações e achar uma forma de atuar com mais força ofensiva, criar mais.
Campanha segura
Faltando 28 jogos na Série A, a perspectiva de uma campanha sólida do Juventude para seguir na elite se baseia muito no equilíbrio das atuações do time até agora. No entendimento de Diverio, a forma de jogar da equipe de Marquinhos Santos oferece essa possibilidade:
— Acho o Juventude um time muito organizado, que raramente se vê desorganizado ou com peças desorganizadas. Mesmo nos jogos em que perdeu, não jogou tão mal. Não leva gol porque está bagunçado. Eventualmente falta talento ou qualidade, mas é um time muito ajustado. Acho que o Juventude vai fazer uma campanha bem segura no campeonato, sem risco, e acho que é esse o campeonato que o Juventude precisa se preocupar: assentar na Primeira Divisão e depois alçar voos mais altos.
Para Vaz, a chegada de algumas peças pode fazer a diferença nessa permanência sem sustos.
— O Brasileirão é uma competição difícil, as estratégias táticas com o rendimento individual são fundamentais. A competitividade, o Juventude tem. Acredito que fazendo alguns ajustes e com a chegada de mais alguns reforços, o Juventude pode fazer uma campanha segura — concluiu o comentarista.