Com a suspensão do técnico Marquinhos Santos, o auxiliar Eduardo Barros foi quem comandou o Juventude na vitória por 1 a 0 sobre a Chapecoense. Em entrevista coletiva, ele exaltou o resultado sobre um adversário direto contra o rebaixamento e o fato do Papo voltar a vencer no Campeonato Brasileiro após quatro partidas.
— Mais do que uma grande apresentação, era importante voltar a vencer depois de apenas um ponto em quatro jogos. Foi um jogo que o cenário mudou rapidamente, pois o 1 a 0 logo nos primeiros minutos fez o adversário e nós mudarmos as estratégias — explicou Eduardo Barros.
Diferente de outros jogos, o Ju optou por uma estratégia mais ofensiva diante da Chape, permitindo que os laterais Paulo Henrique e William Matheus jogassem com maior liberdade para o apoio. Aproveitando este posicionamento, foi de Paulo Henrique a jogada para o gol de Matheus Peixoto.
— A ideia pensada pelo Marquinhos era de explorar a característica dos jogadores, especialmente do Paulo. E o gol saiu justamente com cruzamento dele, explorando a velocidade, que é uma de suas principais qualidades — comenta Barros, destacando a escolha por três volantes para maior equilíbrio defensivo:
— Para ter os dois laterais se projetando ao mesmo tempo, uma das alternativas encontradas para dar mais equilíbrio à equipe foi a utilização inicial de um desenho com três volantes. Mas isso se alterou ao longo do jogo.
A vitória por 1 a 0 foi construída logo aos quatro minutos, quando Peixoto concluiu para as redes o cruzamento de Paulo Henrique. No restante da partida, o Papo resistiu aos ataques da Chapecoense e buscou ampliar em contra-ataques, porém acabou não aproveitando. No segundo tempo, houve uma queda de intensidade na marcação. Para Barros, isso aconteceu pela série de mudanças que a equipe sofreu devido aos desfalques.
— Quando nós falamos do desgaste no jogo, precisamos falar das mudanças, que foram cinco. O Dahwan, por exemplo, recém chegou e já foi pro jogo. Com tantas mudanças, a equipe acaba perdendo o entrosamento. E algumas trocas, em um cenário ideal, não estavam previstas — disse o auxiliar-técnico, também destacando a atuação de Bruninho, que entrou aos 27 minutos da segunda etapa e teve um gol anulado:
— Bruninho fez uma ótima semana de treinos, e por isso deu segurança para a comissão técnica. É natural que, a medida que ele vai entrando e correspondendo, mais minutos ele receba.