O Juventude está próximo de fechar a contratação do meia-atacante Roberson, que estava no Atlético Goianiense. Caso confirmado o negócio, será a quarta passagem do atleta de 32 anos pelo clube. A última, em 2016, foi a mais marcante para o Ju e para o jogador, já que sua contribuição para as conquistas elevaram o patamar do clube e de sua carreira. Agora, cinco anos mais velho, o que esperar de Roberson com a camisa do Verdão?
Depois de poucos jogos em 2010 e 2014, Roberson se firmou com a camisa alviverde em 2016, quando o clube conquistou o vice-campeonato Gaúcho, chegou às quartas de final da Copa do Brasil e subiu para a Série B do Brasileirão. Naquela temporada, o jogador vinha de um empréstimo para o MC Alger, da Argélia, e em descrédito. Com poucos reforços no início do ano, o técnico Antônio Carlos Zago resolveu reaproveitar o jogador, e deu certo.
Com Zago, Roberson cumpriu as funções de falso 9 e meia-atacante. No Campeonato Gaúcho, quando marcou gols importantes nas semifinais contra o Grêmio, ele era o homem mais avançado do ataque, tendo mobilidade, com Hugo como armador. Na sequência do ano, com a afirmação de Hugo Almeida como centroavante, Roberson recuou para a posição de meia-atacante. Por ali o jogador marcou os dois gols da épica vitória por 2 a 1 sobre o São Paulo, nas oitavas de final da Copa do Brasil.
Junto com o técnico Antônio Carlos, Roberson se transferiu para o Inter em 2017. O clube passava por reestruturação após o rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Enquanto técnico e jogador estiveram juntos, ele foi mais escalado. Depois, perdeu espaço com Guto Ferreira e Odair Hellmann.
Depois de uma passagem pelo Jeju United, da Coréia do Sul, Roberson e Zago se reencontraram no Bragantino, em 2019, onde o jogador foi mais utilizado como atacante centralizado, preservando suas características de mobilidade. O mesmo aconteceu no Cruzeiro e no Atlético Goianiense.
Com Matheus Peixoto como opção de um centroavante típico, de presença de área e bom aproveitamento da bola aérea, o Juventude busca em Roberson uma possibilidade de plano B no ataque, algo que também está sendo treinado com o peruano Fernando Pacheco, que preferencialmente atua pelas pontas. É o que projeta Maurício Reolon, comentarista esportivo da RBS na Serra.
— Especialmente pela passagem em 2016, ele mostrou ser um jogador versátil e inteligente. Acredito que seja em um primeiro momento uma alternativa para a camisa 9, dispute posição com o Matheus Peixoto. Mas nada impede que eles possam atuar juntos em uma necessidade, com o Roberson mais recuado — comenta Reolon.
Como Roberson foi nos clubes mais recentes?
Nathália Freitas - setorista do Atlético Goianiense na Rádio Sagres, de Goiânia:
— O Atlético até queria renovar o contrato, só que ele teve umas duas ou três lesões musculares e demorou a entrar em forma, ficar bem fisicamente. Então não renovou por conta dessa questão física, de se lesionar muito. Mas ele foi o artilheiro do time no Campeonato Goiano, com seis gols, mesmo não sendo titular. É bom jogador, bom mesmo. O problema dele é a parte clínica.
Sérgio Loredo - setorista do Bragantino no Canal do Loredo, de Bragança Paulista:
— Em 2019, ele já era do Red Bull Brasil, tinha jogado lá com o Zago. Era até titular. Mas aqui, pelo que a gente acompanhou dele, aproveitaram mais o Matheus Peixoto, que está aí no Juventude também. E daí o Ytalo era titular, o Matheus Peixoto chegou a ser titular em alguns jogos também. O Roberson teve algumas oportunidades, mas não foram tantas assim.
Léo Gomide - comentarista da Rádio 98FM, de Belo Horizonte:
— Difícil avaliar, pois jogou muito pouco. Foram 20 partidas, sendo metade saindo do banco e um gol apenas. Chegou num momento conturbado do clube, com a direção que participou do rebaixamento.