O zagueiro Rafael Forster foi contratado pelo Juventude no final de março, e logo nas primeiras partidas tornou-se titular da camisa 4. Após participar de alguns minutos do segundo tempo contra o Aimoré, se consolidou a partir do clássico Ca-Ju, quando entrou no 11 inicial e não saiu mais. Além de ajudar a fortalecer o sistema defensivo alviverde, o jogador de 30 anos explicou como tem colaborado para a construção das jogadas de ataque.
— O professor Marquinhos pede pra gente fazer essa saída com três, né? Com três defensores. O João (Paulo) acaba descendo a linha e a gente consegue aí ter um pouco mais de liberdade pelos lados, consigo achar alguns passes entre as linhas. E a gente sabe da importância disso hoje no futebol, não só aqui no Estadual, não só no Brasil, mas no mundo, quando você tem um algum jogador que consegue romper linhas — afirma Forster, destacando que um passe ou lançamento seu desde o campo de defesa também pode levar perigo ao adversário:
— Você deixa o seu companheiro mais próximo do objetivo, que é o gol. Então, dentro das características de cada jogador, o professor Marquinhos procura ajustar a equipe e ter alternativas para conseguir sair com a bola no chão, tocando a bola e tentar aí um lance de perigo no gol ao adversário.
Dentro da organização ofensiva do Juventude, os zagueiros procuram se posicionar abertos, próximos da linha lateral. O primeiro volante, João Paulo, recua entre os zagueiros, e os laterais avançam até a linha de ataque (foto). Para conectar-se com os demais setores da equipe, os passes ou lançamentos de Forster têm sido utilizados com frequência.
Suspenso pelo terceiro cartão amarelo, Cleberson não poderá atuar diante do Inter, no próximo domingo (2), na Montanha dos Vinhedos. Desta forma, Forster deve ter a companhia de Vitor Mendes no miolo de zaga.
— São características diferentes. O Cleberson tem uma bola aérea muito forte, tem posse de bola, passes muito bons, assim como o Vitão (Vitor Mendes). Acredito que ninguém é igual a ninguém, mas estamos no mesmo nível. Ou seja, qualquer zagueiro que for atuar do meu lado, do lado do Vitor, ou do lado Cleberson, do Kelvin, vai estar preparado. Isso é o mais importante. A gente tem a semana aí pra preparar todos — diz o camisa 4 do Verdão.
Questionado se o Juventude tem condições de competir pela posse de bola com o Inter, ele preferiu não adiantar a estratégia para a semifinal do Campeonato Gaúcho.
— Ah, isso daí é uma estratégia que eu eu prefiro não comentar, né? Eles vão ter a estratégia deles, a gente tem a nossa. Dentro do que o professor vai passar pra gente, vamos tentar executar da melhor maneira possível, sendo na base dos contra-ataques ou na posse de bola. Eu acredito que a gente deva manter tudo aquilo de bom que nos fez chegar até aqui. E isso a gente tem total liberdade. A gente conversa muito com o professor Marquinhos, acredito que isso deva se manter — comentou Forster.