Após o empate contra o Pelotas, por 1 a 1, e a classificação à semifinal do Campeonato Gaúcho, o clima de festa tomou conta do grupo de jogadores do Caxias ainda em campo e se estendeu ao vestiário. O técnico Rafael Lacerda também celebrou o avanço de fase do time no Estadual. Depois do jogo, o treinador analisou a forma como o seu time conseguiu reagir no confronto.
— O Pelotas jogou diferente, preencheu mais o meio-campo. Mas muitas vezes não é o encaixe de marcação, nós não conseguimos jogar. Conversamos no intervalo, começamos bem o jogo, propondo e trabalhando bem a bola. E depois parou de jogar. Aí começam os problemas de encaixe de marcação. Com as trocas, conseguimos ficar mais com a bola. No segundo tempo, dominamos, nossa posse de bola foi muito maior. Poderíamos ter feito o segundo gol — afirmou Lacerda.
Na sexta-feira (23), o treinador anunciou que não seguirá no clube após a disputa do Campeonato Gaúcho. Lacerda não entende que isso criou uma pressão a mais para o confronto e, segundo ele, o grupo de jogadores entendeu bem sua escolha:
— Não vou falar se tenho o grupo na mão ou não, porque isso é uma coisa interna nossa. Mas quem vive o nosso dia a dia sabe como é nosso ambiente entre jogadores, comissão técnica e diretoria. O grupo entendeu perfeitamente. Entendo que precisava de um fato novo, minha decisão já estava tomada, comuniquei o presidente um dia antes e ele também entendeu.
Na semifinal, o Caxias terá pela frente o Grêmio. O primeiro jogo será no Estádio Centenário, no próximo fim de semana. Em 2020, Grenás e Tricolores fizeram quatro confrontos, com três vitórias do Caxias e uma do Grêmio, mas com time de Porto Alegre ficando com o título. Para Lacerda, as situações são bem distintas de um ano para o outro.
— É diferente. Nosso time é diferente, temos jogadores, principalmente os atacantes, com perfil diferente do que tínhamos ano passado. O Grêmio também mudou, tem um novo treinador. Daqui a pouco o Tiago (Nunes) vai colocar alguma coisa. É outro momento. Aquilo que aconteceu no ano passado, de vencer três vezes, tem que servir de inspiração. E acreditar, porque dá. Mas temos muito respeito e é uma nova realidade agora.
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