O goleiro Marcelo Pitol, 39 anos, é um grande personagem do futebol do interior e está no 15º Campeonato Gaúcho da carreira. No ano passado, esteve muito perto de conquistar o título do Estadual, mas ficou com o vice-campeonato com o Caxias. Neste ano, terá que passar justamente pelo Grêmio, adversário da temporada passada, para seguir vivo no sonho de levantar a taça.
Do Caxias dessa temporada, além do técnico Rafael Lacerda e de Marcelo Pitol, outros 11 jogadores estavam no elenco que disputou o Gauchão passado e foi campeão do primeiro turno diante do Grêmio. Novamente, eles vão tentar derrotar o time tricolor.
— Temos muitos atletas, comissão técnica, mas chegaram atletas novos. Mudou um pouco a equipe. Ficou uma espinha e cada ano é um ano. A gente espera fazer uma grande semifinal e ser campeão gaúcho. Sempre disse que queria chegar nas finais. Até aqui deu tudo certo. Vai ser melhor, se passarmos pelo Grêmio. É possível, com respeito e com trabalho — analisou o goleiro.
Mesmo com toda diferença de investimento entre os clubes, o Caxias tem conseguido fazer enfrentamentos de igual para igual com o Grêmio. Desde o ano passado, foram cinco confrontos. O Grená venceu três, teve um empate (aconteceu na primeira fase nesta temporada) e somente uma derrota. Números que aumentam a confiança para conseguir a classificação nos jogos entre os times.
— Futebol é apaixonante e se ganha dentro de campo. Sabemos da grandeza do Grêmio, mas o Caxias é uma equipe muito grande com sua torcida e com seus atletas. Sabemos que tem muita diferença de salários e condições e a própria qualidade dos atletas, na maioria das vezes, é maior. Como equipe estamos fortalecidos. Devemos acreditar e o torcedor passar energia positiva — comentou Pitol.
É possível. Ano passado mostramos. São favoritos sim, mas não quer dizer que vão sair com a vitória.
Para derrotar o favoritismo do Grêmio, o Caxias precisa repetir o bom trabalho da temporada passada, quando venceu a final do primeiro turno e realizou duas ótimos enfrentamentos na decisão do Gauchão.
— O trabalho diário precisa ser bom com a parte técnica, tática, física e mental. Temos que estar concentrados e querendo muito mais que a outra equipe. Tecnicamente, não vamos ser hipócritas, eles são melhores. Eles podem contratar, condição financeira melhor. Mas, às vezes dentro de campo, isso não resolve. Foco, vibração, posicionamento e ter tranquilidade. É um monte de coisa que influencia. Não podemos nos acovardar. Do meio pra frente ficar com a bola e quando chegar fazer o gol. É possível. Ano passado mostramos. São favoritos sim, mas não quer dizer que vão sair com a vitória. Futebol se decide dentro de campo — finalizou.