Por volta das 17h deste sábado (28), o Caxias saberá o seu futuro na temporada. Na última rodada da Série D do Campeonato Brasileiro, o time grená precisa vencer o São Caetano, às 15h, no Estádio Centenário, e observar os demais jogos da rodada da competição nacional. Sem depender somente de si, precisa ganhar e torcer por outros resultados.
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A combinação mais simples para o time do técnico Rafael Lacerda classificar é vencer o São Caetano, no Centenário, e o Novorizontino não perder para o Joinville, em São Paulo. Concentração no seu jogo e depois conferir os demais.
— Não podemos pensar nos jogos paralelos. Contra o Tubarão, alertamos que seria um jogo difícil. A gente não fez o nosso resultado. Então, tentamos focar ao máximo no São Caetano. Não adianta pensar nos resultados paralelos, se não fizermos nossa parte. O grupo está bem consciente disso, de tentar fazer um grande jogo e competir muito. Não tem adversário fácil na competição. Eu confio que com a vitória, vamos conseguir a classificação — disse o técnico Rafael Lacerda.
Na semana decisiva para o clube, dois jogadores deixaram o elenco. O volante Yuri, que recebeu proposta do Vila Nova-GO, que está na Série C, e o atacante Juninho Potiguar. Ambos tiveram seus vínculos encerrados e não foram renovados. No entanto, isso não significa que o Caxias "jogou a tolha" para a classificação.
—De maneira alguma (sobre ter desistido da classificação). Foram duas situações de atletas que acabaram o contrato. O Yuri não jogou muito durante o ano, mas vinha atuando com uma sequência boa. Procuramos o atleta para permanecer, mas recebeu outra proposta financeiramente maior e para uma divisão acima. O Juninho Potiguar foi uma avaliação interna, de um atleta que ajudou no Gauchão, mas não tivemos mais prosseguimento com ele. Grande profissional, mas optamos por não renovar — comentou Lacerda.
O Caxias terá dois cenários nesta rodada. A classificação e a chance de seguir vivo no tão sonhado acesso, que há dois anos vem batendo na trave, ou a eliminação e o fim melancólico para uma temporada que começou com o título da Taça Ewaldo Poeta e o vice-campeonato Gaúcho.
— Uma classificação é o que a gente sempre buscou. A classificação coroa o que o clube está fazendo, o apoio da torcida. O Caxias vem sofrendo há muito tempo. O Caxias está nesta retomada com o grupo gestor. O Caxias não tinha conquistado títulos. Eu era o capitão em 2016, mas não posso comemorar, com todo respeito, um título da segundona gaúcha. Desde 2012, o Caxias não tinha conquistado nada mais. Apesar de muitas pessoas falarem que o título da Ewaldo Poeta foi um meio título, não foi. Vão dizer que o Lacerda não ganhou nada. O Caxias ganhou sim. Tem treinador na Série A que nunca foi campeão — afirmou o treinador, que completou:
— Uma desclassificação seria muito ruim. Esse processo já é ruim desde 2018. O Caxias estava pronto pra subir em 2018, em 2019. O Caxias está mais pronto pra subir em 2020, mas isso é futebol. É complicado. Ninguém faz sacanagem. O clube está acima de tudo.
Elenco rachado?
Quando os resultados dentro de campo não colaboram, as teorias extracampo aparecem. A primeira delas é que o elenco está rachado. No entanto, o treinador grená fez questão de negar veementemente essa possibilidade:
— O elenco não está rachado. Vou explicar, mas sei que muita gente sabe. O elenco rachado é quando muitos atletas não se dão bem. É quando o treino é marcado e os jogadores chegam atrasados. Aqui eles chegam antes. O ambiente do vestiário é maravilhoso. Não tivemos nenhum problema no vestiário esse ano. Digo mais, elenco rachado também ganha título. Já participei de elenco no Goiás em 2012, que foi campeão. Os atletas não se davam. O que importa é dentro das quatro linhas. Time unido, para mim, é quando um marca e corre pelo outro. Nosso elenco não é rachado. Perguntem para os atletas.
O técnica ainda comentou sobre os erros que o Caxias teve durante a competição. Esses problemas tiraram pontos do Caxias importantes e que agora fazem falta na classificação. Por isso, o time grená entra na última rodada dependendo de outros resultado.
— É difícil responder, porque a gente teve várias conversas com o grupo. A gente manteve a mesma linha de treinos, a mesma cobrança. Não posso cobrar falta de entrega. Atrelo a coisas inexplicáveis do futebol. Ninguém é dono da verdade. A gente erra, já falei que sou o principal responsável. A gente oscilou muito. Não estamos conseguindo retomar dessa oscilação. Espero conseguir para classificar.