As definições da reunião da Federação Gaúcha de Futebol (FGF) com os clubes do Campeonato Gaúcho ainda repercutem. A principal contestação de torcedores de vários clubes - principalmente daqueles da parte de cima da tabela - está no fato de, neste ano, não ter rebaixamento. Isso foi acordado por unanimidade entre os 12 presidentes das equipes do Gauchão.
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Torcedores do Caxias se manifestaram nas redes sociais e não gostaram da eliminação do rebaixamento nesta temporada, possivelmente pelo fato do maior rival, o Juventude, estar próximo da zona de descenso quando a competição foi paralisada.
- O Caxias entende que é o maior prejudicado, eu tenho esse entendimento. Não é o que a torcida gostaria, esse resultado de não haver rebaixamento. Eu entendo, mas o presidente não pode pensar como torcedor. Temos que pensar na instituição e pesa o lado financeiro. Nossas atitudes têm que priorizar a instituição - disse o presidente do Caxias, Paulo Cesar Santos, que ainda afirmou concordar com o torcedor, mas pensa no clube:
- Sobre o desconforto de muitos torcedores que reclamaram, eu particularmente concordo com eles, mas o principal objetivo é a manutenção do clube e temos que pensar que o lado financeiro para 2021 pesa nessa hora. Em 2020, se não cumprirmos com o Gauchão até o final, os 12 clubes terão que devolver ou receber menos valores da cota do ano que vem.
O Caxias entende que toda essa paralisação foi prejudicial para o clube. Tanto pelo fator financeiro, quanto pela questão técnica. O time conquistou a Taça Ewaldo Poeta e está garantido na decisão da competição. A parada do futebol diminuiu as receitas do clube, adiou a final e quando o campeonato retornar terá desequilíbrio técnico.
- O Caxias vinha numa crescente muito grande, foi campeão do primeiro turno e essa parada foi muito prejudicial. Essa abertura de novas inscrições, isso causa desequilíbrio técnico do campeonato, mas temos que ajudar a Federação para concluir o Gauchão e não termos mais perdas ainda - analisou o presidente, que finalizou:
- A instituição é maior que nossos desejos neste momento. Tem que ceder e nos adaptar, porque todos estão passando dificuldade e não podemos criar mais dificuldade ainda num momento tão complicado. O presidente não pode pensar como torcedor neste momento. Eu concordo com a revolta do torcedor, se tivesse pensando como torcedor, também estaria revoltado.