O jogo desta tarde, no Estádio Barão da Serra Negra, em Piracicaba (SP), vale nada menos que R$ 1,5 milhão ao time que avançar à terceira fase da Copa do Brasil. O ganho financeiro é o grande motivo que levou o torneio nacional a ser o mais cobiçado pelos clubes e não seria diferente entre XV de Piracicaba e Juventude, que se enfrentam às 16h30min, pela segunda fase da competição.
Esse valor é uma garantia de temporada mais tranquila para os dois lados e, logicamente, isso pesa diretamente dentro das quatro linhas. O resultado final pesará diretamente no futuro imediato das agremiações.
— Estudamos a equipe deles (XV de Piracicaba) para voltar de lá com uma classificação que, financeiramente, é importante aos objetivos do clube. Dentro daquilo que foi traçado, em especial aquilo que traz o reconhecimento no âmbito nacional, e do orçamento, temos que passar de fase — fez questão de ressaltar o técnico Marquinhos Santos, antes de deixar Caxias do Sul.
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O Ju ainda tem o peso do favoritismo sobre o time rival, que sequer tem calendário nacional no segundo semestre. O XV luta por um acesso à elite paulista e sonha disputar a Série D no próximo ano. Só que as dificuldades financeiras são comuns. O presidente Walter Dal Zotto Jr. só quer falar sobre esta premiação caso o time conquiste a classificação em campo. Ainda assim, teria um peso de quase 10% do orçamento projetado para 2020.
Não bastasse esse contexto, o time alviverde ainda tem mais coisas a buscar dentro das quatro linhas do Estádio Barão da Serra Negra. O início de temporada está longe do projetado. O time sequer chegou à semifinal do primeiro turno do Gauchão, enfrenta uma seca de gols e passou da primeira fase da Copa do Brasil com um empate em 0 a 0.
Para dar fim a este quadro, foram 18 dias de intertemporada. Tempo que Marquinhos Santos considera como positivo para que o time mostre algo diferente a parti de hoje:
— Dentro do modelo de jogo, evoluiu naquilo que eu gosto. Neste primeiro turno, pelas ausências e os jogos em sequência, foram pouco treinos. E, também, acabamos treinando com um time na pré-temporada e jogando com outro no primeiro turno. Por mais que os treinos sejam similares, é no jogo que cria essa dinâmica ofensiva. Creio que esse período foi essencial para compactar.
PASSO A PASSO
A virada do time alviverde no primeiro semestre passa por Piracicaba. Como não há vantagens, um empate sem gols levará a decisão para a marca da cal. Ou seja, para avançar, o Ju sairá vencedor de alguma forma. Isso pode ser favorável para ajudar e muito na confiança dos atletas para a retomada do Estadual no fim de semana seguinte. Ainda que treinador volte a ressaltar que o grande objetivo do ano é brigar por um acesso à Série A do Campeonato Brasileiro.
— Nós sabemos que não fizemos um primeiro turno dentro daquilo que imaginávamos e da cobrança que recebemos. Mas temos que pensar em manter as convicções dentro da temporada. Lembro que ano passado estava um cenário parecido dentro do Estadual, principalmente em relação ao coirmão, Caxias e Juventude que é disputa interna da cidade. Mas tem que ter calma, porque o pensamento nosso é durante a temporada, de ser postulante e brigar pelo acesso à Série A. Esse é o nosso pensamento — ressaltou Marquinhos, que ainda completou:
— Disse que usaria o Estadual como uma preparação. O primeiro turno foi assim, com lesões e o time ainda encaixando. No segundo turno vamos mais fortes. O projeto principal é pensar na Série A, estamos passo a passo no planejamento, buscando equilíbrio financeiro através da Copa do Brasil para fazer o alicerce e lá na Série B estar brigando pelo acesso.
Uma eliminação precoce na Copa do Brasil seria um balde de água fria nas metas traçadas para 2020. Assim, só a vitória serve para retomar a confiança alviverde e trazer na bagagem a certeza de que um time mais forte se apresentará na sequência da temporada.