Dois jovens e um sonho em comum a tantos no Brasil: virar jogador de futebol profissional. Para isso, o meia Rafael Rech, 17 anos, e o volante Lucas Serafini, 19, precisam trilhar um caminho até conseguir chegar ao time principal. Antes desse último passo, eles precisam se destacar na equipe sub-20. E uma boa oportunidade é a tradicional Copa São Paulo de Futebol Júnior, um dos maiores torneios de categorias de base do Brasil. O Juventude estreia nesta sexta-feira (3), às 15h15min, contra o Cuiabá-MT, em Cravinhos, na Praça de Esportes Jardim Martins — com transmissão no Mycujoo da FPF.
Rafael, o Rafinha, é filho do ex-atacante do Juventude Fernando Rech. O meio-campista, condutor de bola e que gosta de chegar na área para finalizar, é fã de Neymar, do PSG, Messi, do Barcelona e Rodrygo, do Real Madrid. Ainda assim, o espelho é o pai, para um dia realizar o sonho de atuar profissionalmente.
Leia mais
Quem é o jovem treinador que comandará o Juventude na Copa São Paulo
Esportivo vence jogo-treino contra time sub-20 do Juventude
— É bom. Não vejo como um problema pela história que meu pai tem que aqui dentro. Quero repetir o feito dele. É muito legal poder jogar essa competição que ele (Fernando) também jogou. É gratificante. Esse ano nem é o meu, porque estou com 17 anos. Poderia estar jogando a Copa Santiago, mas jogar a Copa São Paulo é uma alegria muito grande — lembrou Rafinha.
O pai, Fernando Rech, disputou duas Copas São Paulo — em 1994 e 1995 — com a camisa do Juventude. No primeiro ano, a equipe terminou na quinta colocação. No ano seguinte, o time saiu na primeira fase da competição. Agora, é hora de acompanhar o filho dentro de campo.
— Orgulho demais pelos meus dois meninos jogando. O Guilherme não conseguiu jogar a Copa São Paulo, mas está fazendo a vida dele em Portugal e o Rafinha vai disputar a melhor competição de base do Brasil. Então, meu orgulho de pai é imenso. Como pai torço demais pelos meus filhos e agora chegou a hora deles mostrarem a capacidade jogando em alto nível, como eu joguei. Começa o desafio deles de se manterem sempre no topo — disse Fernando Rech, que depois da Copa São Paulo tornou-se profissional e conquistou o maior título da história do Juventude: a Copa do Brasil de 1999, em cima do Botafogo.
SEGUNDA OPORTUNIDADE
Se Rafinha, está motivado para encarar a Copa São Paulo como uma ótima oportunidade, o volante Lucas Serafini não é diferente. O atleta, de 19 anos, vai disputar a segunda edição da competição. No ano passado, ele estava na equipe que foi eliminada na segunda fase para o Vasco da Gama.
— É uma oportunidade muito grande. Já joguei o ano passado e sei o tamanho de competição que é, me sinto feliz por poder disputar de novo. A preparação foi muito forte e conhecemos os adversários. É um torneiro forte e equilibrado. Será decidida nos detalhes. Estamos muito bem para fazer um bom campeonato — disse Serafini.
Serafini chegou ao Juventude aos 15 anos. Começou ainda pequeno, no São Paulo, do bairro Borgo, na cidade natal em Bento. Depois no Flamenguinho e, por último, Esportivo. O segundo volante gosta do estilo de Arthur, do Barcelona, Gerson, do Flamengo, e Matheus Henrique, do Grêmio. Para um dia chegar no nível dos ídolos, primeiro pensa numa participação do Juventude na Copinha.
— A gente vem trabalhando para jogar bem e aparecer pro profissional. Primeiro temos que focar na Copa SP, fazer uma excelente campanha, que depois as coisas vão acontecer —analisou Serafini.
O Ju está no grupo 12, ao lado de Cuiabá, Deportivo Perilima-PB e Comercial-SP.
Leia também
Ricardo Daneluz assume como prefeito interino de Caxias
Jogo de búzios revela previsões dos orixás para 2020 em Caxias do Sul