Atuando no futsal de Caxias do Sul há duas décadas, a Associação Esportiva e Recreativa Bella Futsal também trabalha na formação de futuros atletas e cidadãos por meio de seu projeto social. Com apoio do Financiamento Municipal de Desenvolvimento do Esporte e Lazer de Caxias do Sul (Fiesporte), a agremiação desenvolve um trabalho com categorias de base, e oferece a experiência como um momento de lazer e disciplina, além de estimular a prática esportiva para uma melhor qualidade de vida e inclusão social.
O Formação para Todos atende 60 crianças, dos oito aos 13 anos, de diversos bairros caxienses. A maior parte delas mora no Jardelino Ramos, local próximo ao ginásio da Igreja Nossa Senhora de Lourdes, onde acontecem os treinos.
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Adilson Moskal, gestor do Bella, idealizou o projeto quando percebeu a necessidade de a cidade ter a oferta de mão-de-obra especializada e de estrutura física e material para oferecer oportunidades às crianças.
– É um projeto que ultrapassa as quatro linhas, pois proporciona a aproximação da família, o que faz a diferença na vida dessas crianças. Com a ajuda do poder público, através de financiamentos de leis de incentivo, hoje a gente pode atender um número muito maior de crianças. Quando fazíamos isso de forma particular, devido ao alto custo, tínhamos um número de vagas reduzido. Agora, podemos oferecer material esportivo e uniformes para os pequenos, além de passeios festivos, transportes e lanches – explica Moskal.
Nos elencos constituídos para as competições locais e regionais, o Bella Futsal utiliza o método de avaliação por rendimento. No entanto, no projeto social, a forma de atuação é educacional, em um modo totalmente inclusivo. Nessa característica de formação, todos os alunos são convidados a participar das atividades e têm oportunidade de participar dos jogos.
No final, eles são premiados com medalhas, independentemente do resultado final.
— A gente não conta os gols, porque entendemos que a socialização, junto de outras crianças, de outros lugares, outras cidades, é o que importa. Paralelo a isso, respeitamos a faixa etária e trabalhamos fundamentos técnicos e de posicionamento, até eles chegarem numa idade que possuam capacidade de ter um entendimento melhor — destaca o gestor do projeto.