— Eu fazia ginástica. Então, como sempre passava pelo judô, comecei a ter vontade de praticar.
Foi assim que Carolina Cruz Marcon, à época com cinco anos, apaixonou-se pela modalidade. Os pais tinham um pouco de receio, por não ter conhecimento aprofundado sobre o esporte. Mas, como era o desejo da menina, eles não só deixaram que ela virasse judoca, como também entraram nessa realidade. Hoje, com 12 anos, Carol dedica-se ao máximo para se destacar e, claro, divertir-se.
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— Meus pais achavam que era muito violento, mas eu comecei a fazer umas aulas testes e gostei. Depois de um tempo, meus pais e minha irmã também começaram a praticar judô. A família toda vai — conta, entusiasmada, a menina.
A última conquista da caxiense foi a medalha de ouro nos Jogos Escolares da Juventude. Além disso, durante o ano, Carolina conquistou 10 etapas do circuito estadual classe sub-13, foi campeã estadual sub-13, campeã da Copa Minas Tenis Clube Interclubes sub-13, bi-campeã do Meeting Sul-Brasileiro Interclubes sub-13, vice-campeã do Sul-Brasileiro sub-13 e conquistou a terceira colocação no Brasileiro sub-13. Mesmo com a pouco altura e o rosto angelical, ela tem utilizado um artifício que, junto com todo o treino e a determinação, vem dando resultado.
— Faço cara feia, para dar medo nas adversárias. Nos Jogos Escolares da Juventude, eu falei para o sensei que queria ganhar. Então, na hora que a outra competidora me derrubou, eu consegui virar e isso só aconteceu porque eu queria muito conquistar a medalha de ouro — orgulha-se.
Para o professor Miguel Kuse, que acompanha a menina há sete anos, o empenho de Carol ao buscar seus objetivos é a chave do sucesso.
— A Carol, desde o início, se mostrou uma menina muito dedicada e disciplinada, o que sempre acaba por facilitar o trabalho do professor, e também acaba facilitando para ela, na hora de alcançar os objetivos dentro do judô - conta o técnico.
A rotina de treinamentos dela é como a de um adulto. Durante a semana, Carol treina sete vezes, na Kuse Dojô, mas não leva isso como obrigação. Divertimento é a palavra que define a sua rotina.
— Eu gosto de treinar, porque eu fiz muitas amizades aqui. Durante a semana, tenho aula de manhã, almoço e venho para cá. Já nas terças, quintas e sextas é melhor, porque os treinamentos são à noite.
Para o futuro, as projeções são as melhores possíveis. Como toda criança, Carol sonha. E, no seu caso, também busca realizá-los:
— Quando crescer, vou querer ser judoca. Ir para as Olimpíadas e tudo mais. Depois, quando eu me aposentar, vou querer ser da indústria farmacêutica.