Em um período em que tantas conquistas marcaram o clube, jogadores que saíram da Montanha tiveram relevância também em outros times do futebol nacional. Além daqueles que conquistaram o país, três atletas que passaram pelo Esportivo chegaram na Seleção Brasileira.
O primeiro deles foi Neca. Atacante alviazul em 1969, foi convocado para o selecionado nacional em 1976. Na oportunidade, atuou cinco vezes pelo Brasil e marcou um gol.
Depois, foi a vez de Renato Portaluppi. O atacante, natural de Guaporé, atuou em cinco partidas como profissional do Esportivo, antes de se transferir para o Grêmio, levado pelo técnico Valdir Espinoza. Em Porto Alegre, conquistou a torcida tricolor, o Mundial e chegou à Seleção em 1983. Foi convocado para a Copa de 1986, mas acabou cortado no período de preparação. Em 1990, foi para o Mundial da Itália, onde atuou em uma partida.
Porém, aquele que foi mais identificado com o clube e teve passagem pela Seleção foi Arílson. Com campanhas vitoriosas na dupla Gre-Nal, o ex-meia saiu cedo do Tivo, mas jamais esqueceu do time de sua cidade natal.
– Sou natural de Bento Gonçalves, mas morei ali no alojamento do antigo Estádio da Montanha. Me criei ali dentro. Era gandula dos jogos do profissional, estava todos os dias nos treinamentos e nos jogos. Fui jogar nas escolinhas do Esportivo com 11 anos, com 15 para 16 fui para o júnior e com 17 já estava no time de cima. Foi muito rápido, porque no fim de semana joguei uma preliminar e na segunda-feira estava com o profissional– recorda.
Logo após o primeiro Gauchão na equipe principal, veio a proposta do Grêmio, em 1993. No Tricolor, conquistou a Copa do Brasil e a Libertadores da América. Depois, foi para o Kaiserslautern, da Alemanha, quando veio a convocação à Seleção em 1996. Em uma das vezes em que foi convocado, Arílson fugiu da concentração e nunca mais voltou a ser chamado.
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– Tenho orgulho de falar que sou de Bento, que comecei no Esportivo, que é um clube de expressão no cenário gaúcho. Sempre que vou na cidade, e passo em frente ao Estádio da Montanha, volta na memória o que passei, de morar ali, de ir buscar marmita em outro bairro, de conviver lá – conta.
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