Entre as novas regras estabelecidas pela Fifa no futebol, está a aplicação de cartões - amarelo e vermelho – para treinadores. As novas determinações entraram em vigor desde o início das quatro divisões nacionais desta temporada. O técnico Pingo, do Caxias, por exemplo, recebeu o terceiro cartão amarelo contra o Tubarão e está suspenso para a última rodada da Série D.
Logo na rodada de inauguração do Campeonato Brasileiro da Série A, o técnico Mano Menezes foi o primeiro técnico da história a receber um cartão amarelo. O treinador foi punido pelo árbitro Anderson Daronco aos 36 minutos do segundo tempo por reclamação, na derrota do Cruzeiro para o Flamengo por 3 a 1, no Maracanã, no dia 27 de abril.
Já Vinícius Eutrópio, técnico do Guarani, inaugurou a era dos técnicos expulsos por cartão. O treinador recebeu dois amarelos – ambos por reclamação - contra o Oeste, em Barueri, na derrota da sua equipe, por 2 a 0, pela segunda rodada da Série B. Ele foi punido pelo árbitro Elmo Alves Resende Cunha.
No último domingo, no Estádio Centenário, uma outra novidade. Pingo se tornou o primeiro treinador no futebol brasileiro a receber três cartões amarelos numa competição e, por consequência, terá que cumprir suspensão automática. Ele não poderá comandar a equipe contra o São Caetano, no próximo domingo (9).
— Eu tenho que ficar mais tranquilo e parar de reclamar (risos). Eu sou um cara tranquilo, mas saí da linha. Realmente, mereci ser punido — disse o treinador em tom bem-humorado, após a vitória por 2 a 0 contra o Tubarão.
O primeiro cartão do treinador foi na segunda rodada da Série D, fora de casa, no empate em 2 a 2 contra o Tubarão. Aos 42 minutos do segundo tempo, Pingo reclamou “ostensiva e ofensivamente contra decisão da arbitragem”, segundo a súmula do jogo.
A segunda punição, também por reclamação, aconteceu na vitória por 2 a 0 diante do Cianorte no Estádio Centenário. Por fim, o terceiro amarelo, foi no último domingo na partida em que o Caxias venceu o Tubarão por 2 a 0, em casa. Também por protestar contra as decisões da arbitragem.
— Os critérios preocupam. Meu primeiro cartão foi em Tubarão, porque perdemos o Foguinho. O jogador adversário quase quebrou a perna dele numa jogada muito violenta e o árbitro não deu nada. Então, a gente fica preocupado. Apesar, que eu tenho que ter tranquilidade e passar isso para meus jogadores. Agora, vou ficar mais tranquilo e quando for reclamar, farei bem baixinho — disse o treinador.