O dia 27 de junho de 1999 está eternizado na história do Esporte Clube Juventude. No Maracanã, o emblemático palco do futebol mundial, com mais de 100 mil torcedores, o Ju sagrou-se campeão da Copa do Brasil em cima do Botafogo. Uma conquista com vários personagens.
Entre jogadores, dirigentes ou torcedores, cada um tem sua parcela de participação no título. Nesta quinta-feira, 11 de abril de 2019, um novo capítulo decisivo entre os dois clubes. Agora, com novo enredo e outros participantes.
A pouco mais de 20 anos atrás, o mata-mata era com mandos opostos e valia a taça. No jogo de volta, após vitória por 2 a 1 no Alfredo Jaconi, o Juventude teve o apoio de um grande número de torcedores (cerca de quatro mil) no Rio de Janeiro. Entre os que estiveram lá, o juventudista fanático Vilnei Pimmel. Ele acompanha o clube há mais de 40 anos e esteve presente no maior feito da história do Ju.
– Em 1999, acompanhamos todos os jogos em Caxias. Também assisti aquele histórico 4 a 0 no Beira-Rio, contra o Inter, e não poderia deixar de acompanhar o Ju na decisão do Rio de Janeiro. Naquela semana da decisão, uma pessoa pediu para eu visitar uma senhora que mora perto do Jaconi. Ela ficou sabendo que eu estava indo para o Rio de Janeiro. Fui conversar com ela, que me disse que o Juventude seria campeão sem fazer gol. Já fui tranquilo – lembra Pimmel.
Outro personagem que esteve na Cidade Maravilhosa em 1999 é o torcedor Gregório Granada, na época com 12 anos. Hoje, aos 31, ele relembra os jogos que presenciou desde 1994 no Jaconi e do convite do pai para assistir à final da Copa do Brasil.
– Foi uma surpresa ótima. Antes da viagem, meu pai chegou com as passagens para irmos de ônibus e curtirmos essa final. Os jogadores vindo em direção a nossa torcida foi algo arrepiante. Em Caxias, teve uma recepção linda para os jogadores e para torcida. Era muita gente, a cidade tomada para receber a nossa torcida – conta Granada.
No Jaconi, um gol para ficar na memória
Antes da festa no Rio de Janeiro e do título, na semana anterior o Juventude recebeu o Botafogo no Estádio Alfredo Jaconi. O primeiro jogo foi fundamental para encaminhar a conquista. A vitória por 2 a 1 deu o direito de empate ao time alviverde no segundo duelo. Os gols foram marcados pelos centroavantes Márcio Mixirica e Fernando Rech, ambos na primeira etapa.
– Um gol muito importante na minha vida. O gol mais importante que eu tenha feito, aquele que mais me trouxe satisfação. Nossa chance de título passaria por uma vitória no Jaconi. Seria muito difícil reverter no Rio, teríamos que ir para lá com a vantagem, como fomos. Então começamos o jogo em cima do Botafogo – relembra Fernando.
Em 1999, os participantes ficaram eternizados com o título. Em 2019, o confronto não é pela final da competição, mas é um novo momento decisivo. Após o empate no Rio, o Juventude precisa fazer novamente sua parte em casa, para que novas histórias e novos personagens fiquem registrados na memória.