O Juventude iniciou a partida contra o Boa, em Varginha, na terça-feira, com sete mudanças, na vitória por 2 a 1. Além dos nomes, a postura tática também se mostrou diferente, sobretudo nos minutos iniciais de partida.
Com Neuton jogando como um lateral bem recuado, o time atuava quase num 3-6-1 quando atacava, apenas com Yuri Mamute como referência à frente da linha da bola. Além deles, o goleiro Douglas, o lateral-direito Guilherme Choco, o zagueiro Rafael Bonfim, os meias Diones e Tony foram as novidades.
– Não são três zagueiros. É uma linha de quatro e o Neuton trabalhou muito assim. A postura dele foi como lateral. O Choco que acaba se adiantando mais. Estou contente pelo processo como foi desenvolvido. Agora é o momento de descansar porque tivemos uma maratona. Por isso ainda mais importante foi o resultado – explicou Julinho Camargo, técnico do Juventude.
Essa formação segurou o 0 a 0 nos 45 minutos iniciais, mas foi na segunda etapa, com a entrada de Guilherme Queiróz que o Ju passou a ameaçar o rival. Segundo o treinador alviverde, tudo ocorreu conforme o previsto na leitura de jogo da preleção.
– Fizemos um desenho do jogo e ele foi acontecendo aos poucos. Trabalhei aqui (no Boa), tenho um carinho especial, e isso me ajudou a fazer a leitura de todo o contexto: pressão, gramado, horário. Sabia que eles não iam se impor no segundo tempo, como no primeiro. Não adiantaria começar com Guilherme Queiróz, Fellipe Mateus nessa estratégia porque eles estariam cansados também. A ideia era buscar a vitória com os jogadores descansados. Todas as ações aconteceram ao natural, tanto o gol do Rafael Bonfim, quanto no gol do Fellipe Mateus – acrescentou Julinho.
Sobre a vitória, o técnico do Ju concordou que alivia a pressão que o clube sofre. Para ele, muito em função do desempenho indesejado do Campeonato Gaúcho:
– Queria que fosse bem separado o Estadual do Nacional. Mas não tem como. Se foi bom ou não, a gente acaba herdando isso. É importante sempre pensar em pontuar. Sei bem o que representa cada jogo. E cada jogo não volta mais. Temos de fazer sempre na plenitude. Cada jogo é uma minifinal. Só consigo pensar o futebol assim.