Fundado em 1925, o Mirassol Futebol Clube só estreou em competições profissionais na década de 1950, quando entrou na segunda divisão paulista. Depois de uma fusão com outro clube da cidade, a equipe voltou às origens em 1981.
A primeira vez na elite de São Paulo veio apenas em 2008. O time conseguiu se manter entre os grandes por seis temporadas e, em 2011, teve seu melhor desempenho, alcançando às quartas de final. No mesmo ano, fez bonito na Série D do Brasileiro. Enfrentou o Juventude pelas oitavas de final e eliminou a equipe alviverde com vitória por 2 a 0 em casa e derrota por 3 a 2 no Jaconi. O acesso só não veio porque o time caiu nas quartas para o Oeste, nos pênaltis.
Para tentar repetir a boa campanha no cenário nacional, a aposta em 2018 é em um grupo jovem e formado basicamente por atletas oriundos das categorias de base. Da equipe que disputou o Paulistão – se livrou do rebaixamento apenas na última rodada – e que foi vice no troféu do Interior, muitas baixas.
– A grande dificuldade é sempre reiniciar o trabalho. Pelo nível do Paulistão, os patrocinadores e os valores recebidos da Federação, o investimento é outro, uma realidade completamente diferente. Na Série D, não tem nada disso. É só os apoiadores do clube mesmo. Menos mal que tenho meninos que formam uma base desde a Copa Paulista do ano passado – explica o técnico Moisés Egert.
O jogador mais conhecido é o meia Xuxa, que chegou a passar pelo Juventude em 2008. Porém, a permanência dele para a Série D ainda é uma incógnita, já que teria mercado de séries B ou C.
Com apenas quatro reforços contratados até agora, o Mirassol ainda busca dois ou três jogadores para completar o elenco. Mesmo assim, o discurso é de priorizar a base.
– Quando entramos em uma competição sempre pensamos no melhor. Neste caso, seria o acesso. Porém, sabemos que o investimento em relação ao Paulistão é muito menor. É pensar um jogo de cada vez e evoluir na competição – projeta o treinador.
A venda recente do meia Luiz Araújo, ex-São Paulo, para o Lille, da França, rendeu R$ 7,6 milhões ao seu time formador, que investiu boa parte dos valores na reestruturação do CT do clube. Também por conta disso, a Série D é a oportunidade de dar rodagem aos jovens e fortalecer o trabalho feito na base.
:: Presidente: Edson Antonio Ermenegildo
:: Estádio: Municipal José Maria de Campos Maia
:: Capacidade: 15 mil torcedores
:: Estadual: 14º colocado (vice-campeão do Interior)
:: Técnico: Moisés Egert
:: Reforços: Felipe Tavares (lateral-direito); Samuel Balbino (lateral-esquerdo); Leandro (atacante); Bruno (meia)
:: Time-base: Ygor; Felipe Tavares, Wellington, Riccielli e Samuel Balbino; Léo Baiano, Luís Oyama, Lucas Castilhos e Xuxa (Matheus Gabriel); Alison (Lucas Rodrigues) e Leandro.