O começo do Gauchão não foi bom para o Juventude. Não só pela atuação ofensiva, que desperdiçou uma série de oportunidades. Não apenas pelas falhas individuais, decisivas para o revés em Pelotas. Mas o 3 a 1 para o Brasil-Pel, na noite desta quarta-feira, no Estádio Bento Freitas, mostrou um time repetindo problemas que já apresentava na temporada passada.
A terceira derrota consecutiva para os Xavantes foi um começo amargo para um campeonato de tiro curto. O Ju volta a campo no domingo, contra o São Paulo, no Alfredo Jaconi.
O Juventude foi primeiro ao ataque. Com nove minutos, após cruzamento na área, Queiróz cabeceou para boa defesa de Marcelo Pitol. Porém, a primeira falha defensiva do ano custou caro ao time alviverde. Aos 13, o zagueiro Maurício - muito criticado desde o ano passado - saiu atrapalhado e perdeu a bola. Quando Mossoró invadiu a área, o próprio defensor que falhou na origem da jogada derrubou o atacante rubro-negro. Pênalti que Daniel Nobre Bins marcou acertadamente. Na cobrança, dois minutos depois de assinalada a infração, Luiz Eduardo só deslocou Mateus, que pulou para seu lado direito e viu a bola entrando a sua esquerda.
Apesar do 1 a 0 para os xavantes, o Juventude seguiu tentando. Aos 17, Micael chegou a marcar, mas o auxiliar já havia marcado impedimento. Aos 24 foi a vez de Jô, cara a cara com Pitol, chutar por cima uma oportunidade incrível a favor da equipe alviverde.
Aos 31, nova tentativa de Micael, o melhor jogador de ataque do Juventude, mesmo sendo zagueiro. Bola cruzada na área e o camisa 4 tentou o desvio, mas não conseguiu. Enquanto o Brasil chegou apenas uma vez, sem grande perigo, o Ju desperdiçou nova chance. Aos 40, Fellipe Mateus recebeu de frente, após belo passe de calcanhar de Bruno Ribeiro. O meia alviverde chutou longe do gol de Pitol.
No último lance da primeira etapa, Micael cruzou da intermediária, Vidal desviou e, livre na pequena área, Bruninho mandou para fora. Intervalo com vantagem do Brasil-Pel.
A segunda etapa começou com o Juventude dando sinais que buscaria o empate. Logo no primeiro minuto da volta dos vestiários, Queiróz acionou Bruno Ribeiro na intermediária. O meia alviverde não conseguiu o domínio e acabou sucumbindo à marcação. Assim como foi no primeiro tempo, o Brasil foi preciso na chance que teve.
Repetindo os personagens, Mossoró foi para cima de Maurício. O atabalhoado zagueiro alviverde fez falta na intermediária de defesa alviverde. Na cobrança, aos nove, Itaqui fez uma pintura, batendo com perfeição por cima da barreira, no canto direito de Mateus. Vantagem ampliada.
A reação alviverde começou no primeiro toque na bola de Caprini, aos 16. O jovem atacante que acabara de entrar recebeu na área e foi tocado por Leandro Camilo. Guilherme Queiróz cobrou com força e tirou Pitol da jogada.
Aos 23, Micael salvou o Juventude. Contra-ataque rápido do Xavante e a bola é cruzada Ppor Itaqui para Luiz Eduardo. Como o goleiro alviverde estava batido na jogada, coube ao zagueiro tirar de cima da linha. O empate esteve perto aos 30, quando Caprini mandou chute forte no canto esquerdo de Pitol. O goleiro rubro-negro espalmou a bola pela linha de fundo.
O Brasil começou a gostar mais do jogo e Mossoró arriscou de longe, aos 34. O placar final veio aos 40. Alisson Farias fez jogada rápida pelo lado esquerdo. O atacante cruzou para trás e Luiz Eduardo só empurrou para o fundo das redes.
O Juventude ainda tentou com bolas cruzadas na área, chegou a acertar o travessão com Queiróz, mas não conseguiu desfazer o 3 a 1 para o time da Zona Sul.