<< LEIA TAMBÉM: Com chance de seguir no NBB, Caxias do Sul projeta a próxima temporada
O Novo Basquete Brasil (NBB) chegará à décima edição no próximo semestre. E terá uma temporada comemorativa com promoções, eventos, festas e muitas homenagens. Em meio a tudo isso, muitas incertezas que pairam no ar a cada temporada do NBB: quantos times irão disputar a competição? Na última edição, a desistência do Rio Claro-SP às vésperas do campeonato culminou em 15 equipes brigando pela taça. O fator complicador é justamente o investimento.
– Para disputar o NBB com alguma dignidade, é preciso um investimento de no mínimo R$ 1,5 milhão – afirma Sérgio Domenici, superintendente da Liga Nacional de Basquete (LNB), organizadora do NBB.
Leia mais:
Caxias Basquete projeta próxima temporada
Esse investimento é baixo e muito próximo do que o Caxias do Sul Basquete investiu na última temporada. Isso culminou em uma briga até a última rodada contra o rebaixamento, que não ocorreu. Há que salientar que só para poder participar é preciso comprovar a arrecadação de R$ 1 milhão, no chamado fair-play financeiro.
Quem briga por títulos investe mais. Num comparativo, os investimentos do campeão Bauru giraram em torno de R$ 300 mil mensais, ou seja, algo próximo de R$ 3 milhões para toda a temporada.O lado financeiro segue uma lógica de visibilidade do torneio. Segundo pesquisa do Ibope, há uma década o basquete era a nona modalidade mais acompanhada pelos brasileiros. Desde o surgimento do NBB, passou ser a terceira. No NBB 9, bateram-se recordes de transmissões em TV e Internet. Ou seja, mais exposição, mais dinheiro. Lógica não acompanhada no Rio Grande do Sul.
– Nossa preocupação não é só pela importância econômica do Estado, mas pela tradição que possui no basquete e na formação de jogadores. Vemos com muita preocupação essa saída do Caxias. Estamos conversando até para nos disponibilizar em conversar com os empresários da região e mostrar a importância do time para a cidade – pontua Domenici.
Nível técnico também aumentou
Não só os números do Ibope mostram a evolução da modalidade, mas em quadra também é possível ver a diferença. Em títulos internacionais, o Brasil alcançou outro patamar.
– Há quatro anos nos deparamos com uma situação que não poderíamos imaginar. Os times brasileiros estavam carentes de torneios internacionais e nos últimos anos ganharam tudo. Mundial, Liga das Américas e Sul-Americanos. Na última edição (em 2016), só não fomos campeões, mas ficamos em segundo, terceiro, quarto e quinto lugares – lembra Domenici.
O Flamengo levou o Mundial Interclubes em 2014 sobre o forte Real Madrid. Em 2016, Bauru, Mogi e Flamengo ficaram atrás do Guaros de Lara, da Venezuela, na Liga das Américas. Mas Bauru e Flamengo já haviam sido campeões em 2015 e 2014, respectivamente. E esta renovação começa justamente na base.
– No aspecto técnico, a evolução foi muito grande. Um fator que pesou foi a criação da Liga de Desenvolvimento. Hoje, 42% dos atletas passaram por ela – destaca o superintendente.