A noite deste sábado é mais um reencontro decisivo, não só por Caxias e Inter definirem quem chegará à final do Gauchão, mas do técnico Luiz Carlos Winck com a equipe que o projetou como jogador de futebol.
A gratidão daqueles anos de 1980 e 1990, quando jogava, ainda existe. Entretanto, como técnico é um tira-teima. O treinador foi eliminado pelos colorados na semifinal do primeiro turno de 2013, quando treinava o Esportivo. Em 2015, deu o troco e ganhou a Recopa Gaúcha com o Lajeadense. O desfecho será agora, em 180 minutos. Os primeiros 90 serão às 19h deste sábado, no Beira-Rio. E Winck só pensa em um resultado: vitória do Caxias.
– Eu acho que seria muito bom. Penso muito no Caxias nesse momento. Nós estamos fazendo uma retrospectiva de 2000, para avaliarmos bem e tem muitas coisas semelhantes. Quem sabe se encaixa de novo. Com todo respeito ao Internacional, mas se não pensarmos assim, não vamos à lugar algum – diz o treinador.
O respeito, de fato, é muito grande para com o adversário. Foi lá que o lateral-direito Luiz Carlos Winck viveu bons momentos como jogador. Os números comprovam isso. No Inter, ele conquistou seis títulos gaúchos e é o quarto jogador que mais vestiu a camisa vermelha em jogos oficiais: 447. O clube também o projetou à Seleção Brasileira. A história não se apaga.
– Foram muitos anos no Inter e agradeço aquilo que conquistei. Hoje represento a marca Caxias e vamos procurar dentro de campo fazer o melhor para sair vencedor – afirma ele.
Na nova história que escreve desde setembro passado, quando chegou no Estádio Centenário, os números também comprovam um ótimo momento. De lá para cá, são 61% de aproveitamento (13V, 5E e 6D).Colocou o time entre os quatro melhores do Estadual.
Eliminou o maior rival, Juventude, nas quartas – sem perder nenhum jogo, como a campanha de 2000. Nenhum resultado negativo contra a dupla Gre-Nal. Tudo estará à prova contra o Inter. Mas quem sonha com a taça, terá que passar por mais essa decisão.
– Tem que ter personalidade e atitude. Eles são favoritos, mas não nos tira a vontade de buscar um bom resultado – encerra Winck.