Não tenho predisposição em relação ao trabalho do técnico Antônio Carlos Zago. Na verdade, o que escrevo aqui é sempre no intuito de querer o melhor para o Inter. Continuo convicto de que, na situação em que se encontra, o clube precisa experimentar à exaustão os jogadores que, ao fim e ao cabo, serão os donos das posições no time para este ano de 2017.
Isso não quer dizer que o técnico precise alterar o time a cada jogo.
No momento em que um dos jogadores testados demonstrar a possibilidade de ser o ideal para o time, o técnico terá de ter o discernimento necessário para bancar sua permanência, até para ter certeza de que pode ser a solução.
Não se trata de achar que Charles ou Junio são os melhores jogadores do mundo. O que preconizo é que, quando surgir um jogador, se sinalize que pode ser a solução para determinada posição. Aí Zago terá de mantê-lo, além de dar continuidade necessária para se chegar a uma conclusão definitiva.
Contra-ataque
É por essa razão que fiquei decepcionado com o fato de o Inter ter entrado em campo, no último sábado, com Ceará e Fernando Bob. Esses atletas já são conhecidos e poderiam ter dado lugar aos jovens que, no jogo anterior, fizeram boas atuações e se candidataram a assumir lugar no time titular.
Bato também na tecla de que, com D'Ale, o Inter deve manter ao seu lado um jogador que consiga ajudar na armação e na marcação. Se assim não for, continuaremos levando gol de contra-ataque, como os de sábado.
*Diário Gaúcho