O Juventude teve pouco tempo de inspiração. Poucos minutos de produtividade dentro de campo. Ao contrário do Murici-AL, que demonstrou muita vontade e soube usar o seu fator local. Assim, os alagoanos venceram por 3 a 1, na tarde desta quarta-feira, pela primeira fase da Copa do Brasil. Com o novo formato do torneio, o resultado determina a eliminação do time do técnico Paulo César Parente. Se em 2016 o time chegou às quartas de final, neste ano não passou da primeira fase.
– Nada justifica nossa atuação. Estamos com vergonha – afirmou o zagueiro Anderson Marques, ao final da partida.
O jogo começou complicado para o Ju. Não por algum tipo de pressão do adversário, mas pelo estado do campo no estádio José Gomes da Costa. A bola não rolava mais que dois metros, sem que desviasse em algum buraco. Tanto que chances claras não apareceram nos primeiros minutos.
A primeira oportunidade foi do time da casa e nada boa para o alviverde. Aos 15, Alexandre foi lançado no ataque do Murici. Ele passava pelo zagueiro Anderson Marques, mas foi derrubado na área. Pênalti. Na cobrança, Tarcísio bateu no canto direito de Douglas e fez: 1 a 0 Murici.
O time de PC Parente não demorou a responder. Aos 18, Pará cobrou uma falta da intermediária esquerda. Tadeu se antecipou à zaga e cabeceou no canto do goleiro para empatar. No minuto seguinte, Caion recebeu na área e bateu fraco, para fácil defesa do goleiro. Perdeu a chance de virar o marcador.
A partir dos 30, o Ju recuou. Os alagoanos aproveitaram e iniciaram uma pressão. Júnior Murici, aos 34, e Gueba, aos 37, bateram da entrada da área e para fora. Aos 39, o time da casa foi premiado. Após uma bola alçada na área, a bola ficou num bate e rebate, sobrando para Deizinho. Ele dominou e bateu forte no canto: 2 a 1 Murici. Na saída para o intervalo, Pará, o capitão alviverde, foi enfático sobre a postura da equipe dentro de campo:
– Os caras não podem ter mais vontade que nós dentro do jogo.
As palavras fortes do capitão não surtiram mudança alguma. Tanto que Tarcísio ampliou aos quatro. Ele recebeu pelo lado esquerdo e bateu por cima de Douglas, para fazer o terceiro gol alagoano. Com 3 a 1, a situação complicou para o alviverde.
A primeira conclusão do Juventude, em gol, só ocorreu aos 12 minutos. Tadeu recebeu na frente da área, girou sobre um marcador e bateu com pouca força. Fácil para a defesa do goleiro. A segunda conclusão só foi aos 35. Caprini tentou um cruzamento, mas a bola foi direto ao gol e quase enganou o goleiro adversário. O problema é que ela foi para fora.
Aos 37, Katê ainda teve a chance de decretar uma goleada. Com o time de PC Parente todo ao ataque, os alagoanos fizeram o contragolpe. Bruno dominou dentro da área e rolou para Katê bater e o goleiro Douglas defender.
O fim da partida foi de uma tentativa desorganizada do Juventude e sem concretizar nenhuma bola em gol. Fim de jogo, 3 a 1 para o Murici e fim de linha para o alviverde na Copa do Brasil.