É uma missão praticamente impossível. Pelo que fez na temporada, Roberson se transformou em referência do Juventude e mantê-lo para 2017 seria algo surreal. Mas a esperança dos Jaconeros é justamente nesta conjunção de fatores. A permanência do técnico Antônio Carlos seria uma delas. A outra é que o atleta não receba o mesmo assédio dos últimos meses, algo improvável.
Na despedida da temporada, o jogador de 27 anos confirmou que havia recebido vários contatos durante a disputa da Série C e da Copa do Brasil, mas preferiu arriscar. Disse não, por exemplo, ao Atlético-PR para ficar no Juventude.
– Vieram propostas de Série A e B e eu preferi correr esse risco. Sabia que se não subisse poderia colocar o ano a perder. Sem o acesso, a gente ficaria sem jogar durante muito tempo. Mas sempre mantive o pensamento positivo, tinha a certeza que nosso time podia chegar, corri esse risco e deu certo. O acesso abrilhantou ainda mais a minha carreira – destaca Roberson.
Era a terceira passagem do meia-atacante pelo Jaconi. E, desta vez, tudo foi diferente. O motivo, segundo Roberson, foi a confiança dada a ele por Antônio Carlos Zago.
– Era dúvida no começo do ano, não sabia se iria permanecer, as inscrições do Gauchão estavam encerrando. Mas, não deixei de acreditar e com a ajuda da comissão técnica, que me deu confiança e me colocou para jogar, tive a sequência. Nunca duvidei do meu futebol, mas precisava de um cara como o Antônio Carlos. É um cara que não tenho palavras. Um treinador que deu chances para todos e tem o grupo na mão. Sem dúvida, a permanência dele será um fator muito positivo – diz o jogador.
A sensação ao final das competições é de dever cumprido. A partir de agora, Roberson quer descansar para depois definir seu futuro, no Jaconi ou longe dele. Atlético-PR, São Paulo e Corinthians são alguns dos clubes que estão de olho no atleta.
– Desde o início, nos comprometemos com o objetivo maior que era o acesso e, ao final, conseguimos cumprir. Agora o momento é de descansar. Meu empresário está resolvendo as coisas, ainda não conversei com o Juventude. É ouvir todos os lados e depois fazer a escolha. Mas, desde já, preciso agradecer o Juventude, que me abriu as portas, é um clube que eu gosto e no momento difícil me acolheu – reconhece Roberson.